O Mega Lobster, maior data center instalado em Fortaleza, iniciou a operação na manhã desta quinta-feira, 23, após investimento de R$ 550 milhões.
Localizado na Praia do Futuro, o empreendimento possui capacidade de 20 megawatts (MW) de potência total e 10 data halls (estruturas onde são instalados os equipamentos vitais da operação, como servidores, roteadores e sistemas de armazenamento).
De propriedade da Tecto, o data center possui 13 mil metros quadrados de área construída, dos quais 3 mil deles são de área produtiva. Ou seja, é neste espaço que estão localizados os data halls.
"Isso aqui é só o começo. O futuro a gente espera que seja mais ambicioso que isso", ressaltou José Miguel, CEO da Tecto.
A empresa tem um plano de investimento de US$ 1 bilhão no qual inclui a construção de mais 5 data centers nos próximos três anos em diferentes partes do Brasil.
Terceiro data center da empresa em Fortaleza, o Mega Lobster desperta expectativas de negócios acelerados, segundo o CEO.
Ele deu o exemplo do Big Lobster - segundo dos três equipamentos da empresa na cidade -, que tinha projeção de 7 anos para completa ocupação dos 6 MW de capacidade, mas foi completamente ocupado por em 2 anos.
"Nós temos conversas bem concretas de trazer processamento de clientes dos Estados Unidos para cá. Os empresários locais podem ficar muito animados", declarou na cerimônia de inauguração.
Perguntado sobre o consumo de água pelo Mega Lobster, o executivo afirmou que o data center conta com uma tecnologia que possibilita a injeção de 80 mil litros no sistema apenas uma vez.
Água que, segundo Alexandre Demarchi, CTO da Tecto, não é própria para o consumo humano e conta ainda com aditivos que são inseridos para que o líquido seja mais apropriado para o resfriamento dos equipamentos.
Sobre a manutenção, ele explicou que há um "sangramento" do sistema que pode fazer com que parte do líquido seja reposto, mas, segundo a Tecto, isso gira em torno de 50 litros a cada vez, estimada em mais de um mês.
Já quando o assunto é energia, os executivos afirmaram que estão conectados na rede da Enel e a capacidade de 20 MW foi negociada com a empresa, que assegurou uma rede apropriada para o fornecimento de energia para o Mega Lobster.
Presente ao evento, o ministro Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) destacou o Mega Lobster como mais um investimento que "afirma a relevância do Brasil no cenário da infraestrutura digital".
"Isso faz com que Fortaleza seja hoje essa liderança. Um hub tecnológico, integrando cabos submarinos, data centers e a economia digital", ressaltou.
A capital cearense conta com 17 cabos submarinos de fibra óptica - a segunda maior quantidade de conexões do mundo - e é o segundo maior centro de fluxo de dados do Brasil - atrás de São Paulo.
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polo
Fortaleza é o segundo maior centro de fluxo de dados do Brasil, atrás de São Paulo