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Fortaleza é o 4º maior mercado de data centers do Brasil
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Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Fortaleza é o 4º maior mercado de data centers do Brasil

No Nordeste, a capital cearense é o principal polo para estes empreendimentos por ter o maior número de cabos submarinos de fibra óptica conectados
Praia do Futuro, em Fortaleza, concentra a maior quantidade de cabos submarinos de fibra óptica instalados na América do Sul (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Praia do Futuro, em Fortaleza, concentra a maior quantidade de cabos submarinos de fibra óptica instalados na América do Sul

Cidade de maior concentração de cabos submarinos de fibra óptica da América do Sul, Fortaleza também é o maior mercado de data centers do Nordeste e o 4º do País, segundo os dados expostos na plataforma internacional Data Center Maps. São 12, do total de 187 mapeados pelo site no Brasil.

Os três maiores estão localizados no Sudeste, com liderança de São Paulo (64 data centers), seguido por Rio de Janeiro (25) e Campinas (19). A plataforma, no entanto, atribui às capitais ou grandes cidades os data centers instalados em regiões metropolitanas. O empreendimento da Casa dos Ventos, localizado no Pecém, por exemplo, é relacionado à Fortaleza.

Mas a conexão entre a capital cearense e o exterior via cabos submarinos - com ligações em todas as américas, Europa e África - faz da cidade um dos ambientes mais competitivos para este tipo de empreendimento. Soma-se a isso a proximidade de grandes geradores de energia renovável e polos tecnológicos.

A lógica de uso é simples: ter um banco de informações úteis ou mais acessadas pelos usuários ou empresas o mais próximo possível para reduzir a latência dos dados, ou seja, o tempo de pesquisa na internet. A complexidade está na tecnologia, no investimento e nos recursos usados pelos data centers.

No mundo, a novidade é ter data centers que atuem diretamente com inteligência artificial. Mas isso ainda não chegou com força ao Brasil. O foco nacional deve ser o processamento e armazenamento de dados. Ainda assim, a projeção é de movimentar R$ 4 trilhões, segundo já apontou o CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrella, em evento do Experience Club no meio deste ano.

Mas a demanda esbarra em um gargalo recorrente no País - com acentuada punição sobre o Nordeste -, que é a demanda por transmissão de energia. Os empreendimentos precisam de muitos gigawatts para o funcionamento e, hoje, parques eólicos e solares têm a geração interrompida porque as linhas de transmissão não suportam uma carga maior.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) facilitou a instalação em Zonas de Processamento de Exportação ao assinar uma medida provisória que estimula o uso de fontes renováveis por data centers instalados em zonas de processamento de exportação. O documento foi assinado na visita dele ao Ceará na semana passada e responde a pedidos do governador Elmano de Freitas (PT) e do ministro Camilo Santana (Educação).

A medida coloca o Ceará novamente na vanguarda de uma das vertentes da transição energética internacional. Pois, com essa resolução, o Estado pode atrair mais projetos verdes e de aportes robustos para o Complexo do Pecém. Mas precisa solucionar o problema da transmissão para agilizar e dar segurança a esses investimentos.

Quando o assunto é o impacto ambiental, especialistas apontam o uso de água como um problema também. A água é usada no resfriamento das máquinas dos data centers, as quais têm funcionamento ininterrupto.

A China resolveu isso ao instalar os equipamentos no fundo do mar. Aqui, as indústrias de hidrogênio verde dão o exemplo: adotaram o reuso de água, cuja oferta é impulsionada pelos projetos de saneamento em todo o Estado, e a dessalinização da água do mar. Os dois métodos são considerados as melhores opções para a necessidade nas plantas.

Solucionando esses gargalos para os data centers, o Ceará pode ganhar duplamente: fortalecendo Fortaleza como polo de atração de data centers a partir dos cabos submarinos e projetando o Pecém como novo polo, a partir do estímulo do uso de energias renováveis.

75

por cento do total de 1,3 mil unidades do Estação Fashion já foram comercializadas. Localizado no Centro de Fortaleza, o empreendimento focado no atacado de moda tem investimento de R$ 5 milhões e ainda vai contar com praça de alimentação, espaços para eventos e espaço para serviços.

175

check ups financeiros em menos de um ano foram realizados pela M7 Investimentos. A empresa tem intensificado o atendimento para esta demanda no trabalho de análise que contempla fluxo de caixa, investimentos, seguros, previdência, impostos e até transferências familiares.

1,5

milhão de reais deve ser investido pela Stand Show como aposta no crescimento do setor de eventos. A empresa teve um crescimento de 30% no faturamento e prepara a expansão com a revitalização do galpão em Fortaleza e obras em Belém e na renovação da frota.

50

milhões de reais vai ser aplicado pela chinesa Gree Electric Appliances na unidade de Manaus. O investimento mira a ampliação da linha branca e a manutenção da liderança da empresa no Nordeste brasileiro, onde detém cerca de 20% do mercado de ar-condicionado.

Foto do Armando de Oliveira Lima

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