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M. Dias Branco, Copab e Olympia Água recebem Selo ESG-Fiec
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M. Dias Branco, Copab e Olympia Água recebem Selo ESG-Fiec

Certificação é chancelada pelo Bureau Veritas, autoridade internacional neste tipo de análise. Além da multinacional cearense, Cobap e Olympia Água Mineral receberam reconhecimento por práticas sustentáveis
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SELO ESG-Fiec já foi dado a 31 empresas no Ceará (Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO)
Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO SELO ESG-Fiec já foi dado a 31 empresas no Ceará

Três novas empresas cearenses foram certificadas com o Selo ESG-Fiec, concedido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). A M. Dias Branco, a Cobap - Comércio e Beneficiamento de Artefatos de Papel S/A e Olympia Água Mineral foram as empresas agraciadas.

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A chancela é feita a partir de análise do Bureau Veritas e afirma que as organizações adotam práticas sustentáveis nas dimensões ambiental, social e de governança.

Esta é a 11ª edição de certificação do Selo ESG-Fiec e, na solenidade, além dos empresários, esteve presente o titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) de Fortaleza, Antônio José Mota. Segundo a Federação, mais de 70 empresas estão em processo de ajustes para a certificação, enquanto 31 já foram certificadas.

Empresas com Selo ESG-Fiec obtém novos parceiros em busca de atender metas de sustentabilidade

O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, destaca o porte das empresas agraciadas, desde multinacionais, como a M. Dias Branco, até pequenos negócios familiares, como Olympia Água Mineral.

O dirigente setorial ainda enfatiza que o crescente número de certificações demonstra que a indústria cearense está preparada para o atual momento dos negócios, que exigem atenção à sustentabilidade nos negócios.

Ricardo afirma que já há frutos positivos, com fechamentos de contratos entre empresas que obtiveram a certificação, como, por exemplo, a M. Dias Branco com a Cobap.

"A maioria das empresas já está colocando a certificação nas embalagens, estão se tornando prioridades em compras de grandes empresas por causa do Selo", aponta.

Entre as organizações certificadas está o grupo M. Dias Branco, que já integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), além de também integrar os índices de diversidade e de carbono eficiente.

"Ter uma empresa como o grupo M. Dias Branco, uma multinacional cearense, é motivo de muito orgulho porque demonstra a importância do Selo ESG-Fiec, que tem validade em todo o mundo", afirma Ricardo.

Tiago Timbó, gerente executivo de Comunicação e Sustentabilidade da M. Dias Branco, destaca do protagonismo que a companhia exerce no mercado nacional sobre a temática, numa atuação que remete ao fundador, o empresário Ivens Dias Branco.

O executivo enfatiza que, por ser uma companhia de capital aberto, o grupo M. Dias Branco exerce as melhores práticas de mercado na temática ESG, que faz parte do processo de materialidade para identificar temas cruciais para o futuro do negócio.

Até 2030, a companhia definiu indicadores e metas, com 15 compromissos públicos que devem ser cumpridos. Dentre as ações já implementadas estão a de reuso de água e meta de 80% das compras de insumos direcionadas a fornecedores locais.

Outro foco entre as metas da empresa é atingir 90% de uso de energias renováveis e de zerar o envio de resíduos para aterros sanitários.

"A companhia é uma empresa de capital aberto, então, por rigor, ela adota as melhores práticas de mercado. Já possuímos algumas certificações a nível nacional, mas somos uma empresa cearense, nascemos aqui", diz.

Empresa familiar com mais de 40 anos de atuação, a Cobap foi outra certificada. Renata Correia, CEO da organização, destaca que a economia circular faz parte de seu DNA.

Fundada pelo empresário Paulo Correia, a Cobap é pioneira no Ceará como Entidade Gestora de Certificação de Crédito de Reciclagem de Logística Reversa, atuando segundo as exigências da Política Nacional de Logística Reversa na produção de caixas de papelão ondulado.

A empresária exemplifica que, hoje, processos como o abastecimento elétrico da companhia é totalmente proveniente do mercado livre de energia e uma política de capacitação de pessoal permitem que a companhia funcione como um pilar certificado dentro da cadeia de suprimentos de seus clientes. Assim, garante que grandes empresas consigam alcançar suas próprias metas de sustentabilidade.

"Hoje seguimos firmes como uma empresa que acredita que o resultado econômico e a responsabilidade ambiental não apenas coexistem, eles se potencializam. Sustentabilidade para nós não é um selo, é o nosso DNA, é o que guia cada decisão, cada investimento, cada inovação”.

Indústria familiar de pequeno porte com sede em Pacoti, no Maciço de Baturité, a Olympia Água Mineral tem 37 anos de fundação e se destaca na preservação de áreas verdes e de nascentes e poços de água na região.

Norma Maranhão, proprietária do negócio, destaca que as práticas sustentáveis vão desde a captação do recurso hídrico até a produção da embalagem, priorizando a reciclagem.

“Nós somos uma empresa de pequeno porte, familiar, e a busca pelo selo destravou a nossa visão sobre a área social. Nós mantemos uma estrada que serve a todos e todos os nossos funcionários são da comunidade. Também fazemos o monitoramento de todas as nossas efluentes, nossos poços e nascentes. Estamos dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA), e isso é muito importante para nós, porque é o nosso cuidado maior”.

Tarifaço: expectativa de resolução antes que benefícios do Estado cessem

O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, também falou sobre a sinalização positiva na retomada do diálogo entre os Estados Unidos e Brasil. Para ele, fica a expectativa para que isso seja revertido em redução de tarifas de exportação de produtos brasileiros.

"Eu espero que esse diálogo continue e a gente vá para as resoluções."

Ricardo revela que teve uma reunião com todos os setores da indústria nessa segunda-feira, 3, e pontua que os empresários esperam definições do governo federal.

Tanto entre os industriais cearenses, quanto na Confederação Nacional da Indústria (CNI), da qual Ricardo é vice-presidente executivo, a ideia é ao menos retomar o patamar de taxa de 10%.

"O Ceará é o estado mais impactado do Brasil. Mais de 50% das nossas exportações vão para os Estados Unidos. A gente espera soluções para podermos sair dessa sobretaxação", aponta.

Ele cita ainda os benefícios estaduais concedidos às empresas exportadoras, desde créditos tributários até compras públicas, reconhecendo que o Estado deve continuar atendendo até um certo limite.

"De agosto para cá, são 120 dias, o Governo do Estado tem pagado o diferencial (perdas de receita devido ao tarifaço) para as empresas mais importantes. Mas ele vai ter um limite. A gente sabe que tem um limite".

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De acordo com a Fiec, mais de 70 empresas estão em processo de ajustes para a certificação, enquanto 31 já foram certificadas

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