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Das águas às quadras, Vanessa Abreu se encontra no basquete e trilha caminho no esporte
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Das águas às quadras, Vanessa Abreu se encontra no basquete e trilha caminho no esporte

Diagnosticada com porfiria aguda intermitente (PAI) há dois anos, atleta cearense de 25 anos usa paradesporto como forma de reabilitação e disputa primeira competição oficial
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Vanessa começou na natação e migrou para o basquete (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita Vanessa começou na natação e migrou para o basquete

Um diagnóstico há pouco mais de dois anos transformou a vida da jovem Vanessa Karine Sampaio de Abreu. A descoberta de porfiria aguda intermitente (PAI) a levou a vivenciar a realidade sobre uma cadeira de rodas, mas sem empecilhos para se manter ativa. Com o esporte como foco, a hoje paratleta experimentou a natação, encantou-se pelo basquete e já tem uma rotina de competições na modalidade.

Vanessa recorda que soube da doença em 2019 e perdeu todos os movimentos do corpo. Passou, então, a fazer fisioterapia. A partir da volta de boa parte da mobilidade — quase toda, à exceção dos pés —, viu o paradesporto como uma forma de evoluir na reabilitação e interagir com outras pessoas, sem se abater.

"Eu sempre pratiquei esportes. Então, depois que adoeci, botei na cabeça que não queria parar de ter uma vida ativa mesmo com algumas limitações. Comecei na natação, o professor Lídio (Andrade) me viu e me chamou para jogar basquete. Minha família sempre me deu muito apoio e sempre foi a favor da minhas práticas esportivas", explica.

Integrada ao time do Fortaleza de basquete em cadeira de rodas, comandado pelo educador físico Lídio Andrade, Vanessa participa dos treinos no Centro de Profissionalização Inclusiva para a Pessoa com Deficiência (Cepid), na Barra do Ceará, próximo de onde mora. O gosto pelas quadras serve também como motivação para superar as dificuldades encarada pelo esporte paralímpico no Estado.

"Há muitas dificuldades, principalmente na questão financeira, pois o nosso material de treinamento, como a nossa cadeira de jogo, tem que ser feita sob medida e ter manutenções regularmente. A quadra utilizada para os treinos fica no Cepid, que serve tanto para o basquete como também as outras modalidades. A Prefeitura de Fortaleza nos ajudou com a passagem para o campeonato", relata.

A atleta cearense aproveita a tecnologia para divulgar a modalidade pelas redes sociais, o que também funciona como maneira de atrair novos atletas, e para estudar o jogo em si, observando outras equipes e fundamentos técnicos. "Eu não me espelho em uma só pessoa, eu me espelho em pessoas que se superam mesmo com as dificuldades, seja deficiente ou não. Superação motiva outras pessoas a se superarem", ressalta.

A dedicação de Vanessa rendeu vaga na delegação do Fortaleza que disputou o Campeonato Brasileiro Feminino de basquete em cadeiras de rodas em Guarapari, no Espírito Santos, neste mês de novembro. Foi a primeira competição oficial da atleta, que espera novas oportunidades para ganhar medalhas.

"Foi um grande desafio, então comecei a trabalhar para superar os meus limites. Participei da minha primeira competição com o basquete, que foi o Campeonato Brasileiro de basquete em cadeira de rodas. Tivemos um bom desempenho, mas infelizmente não conseguimos entrar no pódio, ficamos na quarta colocação", relembra.

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