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Rússia x Ucrânia: guerra na era das redes sociais
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Rússia x Ucrânia: guerra na era das redes sociais

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Homem recolhe destroços em casa destruída na rua Koshytsa, subúrbio de Kiev (Foto: Daniel LEAL / AFP)
Foto: Daniel LEAL / AFP Homem recolhe destroços em casa destruída na rua Koshytsa, subúrbio de Kiev

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A invasão russa na Ucrânia foi o assunto da semana e seguirá sendo comentado ao longo dos próximos meses e possivelmente anos. Termos como "Sanções" e "3ª Guerra Mundial" ganharam força nas redes sociais e passaram a dominar os noticiários desde então. Analistas políticos têm destacado que o atual momento é, de fato, histórico. Portanto, torna-se natural que as pessoas queiram entender e, em tempos de rede social, comentar.

Os bombardeios que ecoam no Leste Europeu, desde quinta-feira, 24, trouxeram de volta a guerra ao continente e as informações que chegaram ao Ocidente quase que instantaneamente por meio das redes sociais deram mais um exemplo da força dessas plataformas no debate público e da responsabilidade necessária ao usá-las.

A ex-BBB Rafa Kalimann, com seus mais de 3,2 milhões de seguidores no Twitter, tentou "resumir" o conflito em uma sequência de cinco postagens. Foi amplamente criticada, inclusive por especialistas no assunto que fizeram coro ao entendimento de que uma pessoa com tamanho alcance não deveria comentar o tema sem ter conhecimento.

Em conflitos como esse, com bagagem histórica e potencial de modificar relações entre países, é necessário entender que, mais que lados, há interesses em jogo. Dos russos aos ucranianos, passando pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e pelos grupos separatistas em Luhansk e Donetsk, todos têm posicionamentos específicos.

O contexto que acarretou a guerra é bem mais amplo do que um ideal de vilões e mocinhos, como o O POVO tem mostrado ao longo da cobertura. E a discussão sobre a guerra nas redes sociais deve ser tratada com responsabilidade não só pelos influenciadores, mas por todos os usuários das plataformas.

Do ponto de vista geopolítico os acontecimentos podem marcar uma virada de chave no período pós-Guerra Fria (1991-atualidade), mas o que o mundo acompanha atentamente, desde a última quinta-feira, é um momento sobretudo de incerteza. Aqueles que dizem saber o que vai acontecer após a invasão russa ou estão mentindo ou declararam torcida.

 

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