Em clima de comemoração, O POVO celebra 97 anos de existência nesta terça-feira, 7. Além do marco quase centenário do jornal, um novo ombudsman assume o cargo: João Marcelo Sena. O jornalista foi repórter das editorias de Esportes e Cidades, redator de capa, editor-adjunto da editoria de Política e colunista de política internacional.
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No O POVO, a função existe desde 1994, e o profissional é escolhido pelo presidente da empresa, com um mandato de um ano. No jornal, também existem o Conselho Editorial e o Conselho Consultivo de Leitores, este que é mantido desde 1998 e se reúne mensalmente para avaliar a cobertura editorial do Grupo. O Conselho é composto por 15 integrantes, podendo haver variações a cada ano.
João Marcelo fala sobre as expectativas em assumir a nova função: “É uma prova de que o grupo O POVO, que agora caminha pro centenário, tem uma preocupação de estar em um diálogo constante com o leitor de uma forma que os produtos estejam em constante evolução e aprimoramento para levar o leitor o melhor produto possível”.
“O ombudsman é visto como a voz do leitor, não pretendo ser essa voz. Eu pretendo ser uma voz que vai conversar com o leitor e com a redação. Para que ambos entendam os anseios um do outro e possam e a partir dessa interação, construir um produto jornalístico de melhor qualidade para o leitor”, finaliza.
A palavra de origem sueca chegou ao Brasil através do inglês e significa “representante”, ou seja, uma pessoa que é autorizada a agir em nome de outrem.
O ombudsman é o profissional responsável por ouvir o leitor em críticas, sugestões e comentários. Além disso, também é sua função uma avaliação interna diária e uma coluna pública. Os únicos jornais do País que possuem a função são O POVO e Folha de S.Paulo.
A diretora de Jornalismo do O POVO, Ana Naddaf, relata que o período assumido pela antiga ombudsman foi um momento em que o processo político era desafiador.
“A Joelma estava exatamente recebendo a missão num momento em que a gente estava ainda num processo político complexo, mas eu acho que ela fez um trabalho muito importante, um trabalho muito interessante junto aos conselheiros”, afirma.
Com o jornal prestes a completar um século de existência, Naddaf ressalta que manter o cargo não é apenas estabelecer comunicação direta com o leitor, com a audiência de outras plataformas, mas principalmente garantir a qualidade jornalística.
"Ter este representante da audiência é também necessário para promover a diversidade de opinião, a transparência e a credibilidade", diz.
“Eu acho que não é olhar [o ombudsman] como inimigo, pelo contrário, é um aliado realmente do processo e é uma prova de que ao chegar próximo ao centenário, a gente se preocupa muito com a qualidade do que a gente produz”, finaliza.
O diretor de Jornalismo do O POVO, Erick Guimarães, conta que além da nova posse, também é motivo de comemoração pelos 97 anos do jornal. “É motivo obviamente de orgulho e motivo também de ter uma expectativa em torno daquilo que a gente vai preparar para os próximos três anos, um trabalho que a gente começa a fazer agora, né?”
Joelma Leal, ombudsman nos mandatos 2023 e 2024 e atual editora-chefe de Cidades, destaca a relevância do cargo: “Foram dois anos desafiadores, no entanto, bem felizes. Não há uma disciplina na faculdade que ensine a ser ombudsman. Logo, é algo construído no dia a dia. Sem dúvida, uma experiência que fez e fará diferença não só na minha carreira profissional, mas na pessoal, também”.
A jornalista finaliza: “Trata-se uma oportunidade única de dialogar com nossa audiência, assim como ler, ouvir e assistir a notícias de uma forma diferente”.