O plano do Ceará de amparo a exportadores afetados pelo tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump (Estados Unidos) a produtos brasileiros e que impactou tremendamente cadeias produtivas inteiras no Ceará pode ser o primeiro passo para uma valorização, pelos cearenses, de itens fabricados no Ceará.
A água de coco, o mel, as castanhas, o pescado e as frutas frescas consumidas pelos americanos vão estar na merenda escolar, nas refeições dos hospitais e de tantos outros equipamentos públicos e provam que eles podem estar na lista de compras do cearense.
Convencionalmente, um movimento para converter exportação para o mercado interno seria demorado, pois demandaria negociações severas entre produtores e compradores. Porém, o tarifaço impôs agilidade aos agentes econômicos envolvidos. Além da abertura de novos destinos internacionais, a inserção dos produtos em pontos de venda no Brasil se faz necessária para a manutenção dessas cadeias produtivas.
Métodos produtivos deverão ser adequados para o novo público-alvo, assim como os preços - tanto pelo poder de compra menor do consumidor brasileiro quanto pela redução logística de envio das cargas aos novos destinos. É o mercado livre se readequando e ofertando artigos de excelente qualidade aos compatriotas.
Já o consumidor local precisa estar ainda mais atento às etiquetas. Observar o local de fabricação daquilo que compra é essencial na tentativa de valorizar e impulsionar a economia local.