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Trump propõe cessar-fogo em Gaza; Hamas diz estar pronto para negociar
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Trump propõe cessar-fogo em Gaza; Hamas diz estar pronto para negociar

A manifestação ocorre horas depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que Israel já aceitou os termos apresentados por Washington para encerrar a guerra
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REFUGIADA refugiada recupera pertences em meio aos escombros após ataque israelense ontem, dentro de uma escola transformada em abrigo (Foto: Omar AL-QATTAA / AFP)
Foto: Omar AL-QATTAA / AFP REFUGIADA refugiada recupera pertences em meio aos escombros após ataque israelense ontem, dentro de uma escola transformada em abrigo

O Hamas afirmou neste domingo, 7, que recebeu, por meio de intermediários, propostas dos Estados Unidos para viabilizar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

De acordo com informações do site de notícias Axios, a proposta do presidente americano Donald Trump prevê a libertação de 48 reféns mantidos pelo grupo em troca do cessar-fogo e também o fim da ocupação israelense na Cidade de Gaza.

Em contrapartida, Israel soltaria entre 2,5 mil e 3 mil prisioneiros palestinos, incluindo centenas condenados à prisão perpétua por assassinato de israelenses.

A Axios informou ainda que, caso o Hamas aceite a iniciativa, Trump se comprometeu a atuar ativamente pelo fim da guerra, mantendo o cessar-fogo enquanto durarem as negociações.

De acordo com um alto funcionário israelense ouvido pela Axios, o plano também abriria caminho para negociações imediatas sobre os termos de um acordo de paz definitivo. Israel exige o desarmamento do Hamas, enquanto o grupo demanda a retirada completa das Forças de Defesa de Israel (IDF) da Faixa de Gaza.

O funcionário acrescentou que, se a proposta for rejeitada, a alternativa seria "muito ruim": uma ampla operação militar israelense, diz o veículo.

O que diz o Hamas

Em comunicado, o Hamas disse acolher “qualquer iniciativa que contribua para os esforços em prol da interrupção da agressão” e indicou estar pronto “de imediato” para iniciar negociações.

Segundo a nota, o movimento aceitaria discutir a libertação de todos os prisioneiros desde que houvesse, em contrapartida, uma declaração clara de fim da guerra, a retirada total das forças israelenses do território e a criação imediata de um comitê de palestinos independentes para administrar a região.

O texto reforça que um eventual acordo só será viável com garantias públicas e explícitas de cumprimento por parte de Israel, para evitar o que chamou de "repetições de experiências anteriores".

Como exemplo, citou uma proposta apresentada em 18 de agosto no Cairo, baseada em iniciativa americana, que teria sido aceita pelo Hamas, mas não recebeu resposta de Israel. O grupo acusou o país de prosseguir com "massacres e limpeza étnica" mesmo após aquela mediação.

A manifestação ocorre horas depois de Donald Trump afirmar que Israel já aceitou os termos apresentados por Washington para encerrar a guerra. O republicano advertiu o Hamas de que haveria consequências caso não aceitasse, descrevendo o aviso como o "último" dirigido ao movimento.

“Todos querem que os reféns voltem para casa. Todos querem que esta guerra acabe! Os israelenses aceitaram meus termos. É hora de o Hamas aceitar também. Eu já avisei o Hamas sobre as consequências de não aceitar. Este é meu último aviso, não haverá outro! Obrigado pela sua atenção a este assunto. DONALD J. TRUMP, PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA”, escreveu na rede social Truth.

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