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Seleção de profissionais dificulta acordo sobre consórcios de saúde
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Seleção de profissionais dificulta acordo sobre consórcios de saúde

Embora Doutor Cabeto considere o edital de seleção uma imposição legal, prefeitos questionam a validade
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CABETO participou ontem de evento de apresentação de dados da saúde do Estado e planejamento para os próximos anos (Foto: MAURI MELO)
Foto: MAURI MELO CABETO participou ontem de evento de apresentação de dados da saúde do Estado e planejamento para os próximos anos

Continuam os diálogos entre prefeitos e Governo do Estado sobre os consórcios da saúde no Interior. Isso porque ainda há divergências, principalmente quanto à existência do edital de convocação de novos profissionais por meio de seleção pública para preencher cargos de secretários executivos, diretores administrativos-financeiros, diretores-gerais de policlínica e de Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).

Decidido em fazer alterações profundas nos consórcios, o secretário da Saúde, Doutor Cabeto, reforçou ontem, durante a abertura do Fórum Estratégico da Saúde, que o edital é uma imposição legal de garantia da qualificação dos profissionais escolhidos. "A legislação diz que deve haver concurso e nós estamos executando. A área da seleção é uma imposição do Estado para a participação dos consórcios", aponta.

Em busca de pacificar as discussões, Cabeto reforça que o diálogo com as prefeituras "tem mais convergência do que divergência". "Os profissionais estão lá trabalhando há muito tempo, o que nós vamos fazer é um concurso para substituição porque a lei determina que as pessoas que estão trabalhando devem passar por concurso público. Acho que os prefeitos entenderam que é importante qualificar a gestão", avalia.

Porém, na concepção dos gestores municipais, uma seleção pública sem o aproveitamento de profissionais antigos exclui da administração aqueles já em exercício. Para o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Nilson Diniz, as equipes passaram por um processo de qualificação que ainda os garantem no cargo.

"Existem vários profissionais que no governo do Cid foram selecionados e essa seleção foi exemplar. Eu digo isso porque eu participei e naquela época eu fiz esse curso de especialização em serviço de saúde pública", defende Diniz. Segundo ele, o governo está trabalhando na questão de um edital com "algumas incoerências legais", mas que o assunto está sendo resolvido no grupo de trabalho formado por ambas as partes. 

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