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Partidos se movimentam após adiamento do calendário eleitoral
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Partidos se movimentam após adiamento do calendário eleitoral

No Ceará, dirigentes das legendas projetam maior tempo resultará em maior consolidação de candidaturas e formação de alianças na Capital no Interior
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 urnas eletrônicas de 2022 já licitadas (Foto: Nelson Jr./ ASICS/TSE)
Foto: Nelson Jr./ ASICS/TSE urnas eletrônicas de 2022 já licitadas

O Congresso promulgou, ontem, em sessão conjunta remota, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/20, que adia para novembro as eleições municipais deste ano. A medida, que não precisa de sanção presidencial para entrar em vigor, é avaliada como positiva por dirigentes de partidos políticos no Ceará.

Segundo o presidente do PDT no Ceará, deputado federal André Figueiredo, a legenda já estava na expectativa de mudança no calendário e de aceleração na definição das candidaturas, visto a crise sanitária decorrente do novo coronavírus. "As candidaturas já estão postas, então agora elas precisam se adequar a esse adiamento e terão até mais tempo para, na prática, consolidarem-se onde a presença poderá depois até ser materializada" disse.

Segundo Figueiredo, o partido - que ainda não definiu pré-candidato ao Paço Municipal - possui, aproximadamente, 125 candidatos a prefeito no Ceará, com objetivo de eleger no mínimo 70. Dos 580 vereadores atualmente em todo o Estado, o intuito é eleger um total de 600 parlamentares municipais para 2021. "Em Fortaleza nós temos uma nominata de 50 vereadores pré-candidatos. Queremos fazer uma bancada entre 12 e 15", afirma.

O que diz o texto aprovado no senado
Foto: luciana pimenta
O que diz o texto aprovado no senado

Presidente estadual do PT no Ceará, Antônio Alves Filho, o Conin, afirma que a alteração não afeta o planejamento eleitoral do partido, mas permite que as pré-campanhas ganhem mais tempo e tornem-se "mais relevantes". "Dá mais tempo para conversar e dos pré-candidatos irem se posicionando. Já tínhamos um planejamento feito, então direção nacional não modificou o calendário interno", avalia.

No próximo domingo, 5, o partido realizará, em Fortaleza, o último encontro municipal, o qual definirá candidaturas. Segundo Conin, o objetivo é sair com 1.800 vereadores para a disputa em todo o Ceará. Na Capital, a única inscrição para disputar a Prefeitura é a da deputada federal, Luizianne Lins.

Segundo o presidente do Psol no Ceará, Aílton Lopes, a mudança estabelecida pelo Congresso "respeita o direito à democracia" e evita máxima abstenção "ao entender que o momento é de restrição e outras questões em virtude das condições sanitárias". Ele adianta que, atualmente, o partido estuda aliança com o PCdoB para lançar candidato à Prefeitura de Fortaleza.

Até o momento, o Psol possui dois pré-candidatos a cargo majoritário: o deputado Renato Roseno e a ativista LGBTQ , Helena Vieira. Aílton aponta que a decisão do Parlamento em ampliar o tempo de campanha facilita o aparecimento de novos candidatos. "Vai contribuir para que novas pré-candidaturas à Prefeitura e vereadores possam se apresentar, até com mais debate político", diz.

Novas datas definidas
Foto: luciana pimenta
Novas datas definidas

O mesmo posicionamento é defendido pela presidência estadual do PSDB, que já tem o nome de Carlos Matos como pré-candidato à Prefeitura. "Estamos lançando pré-candidatos novos, então foi importante porque ganhamos mais um mês para que esses iniciantes na política tenham a oportunidade de, nas mídias sociais, divulgarem seus nomes", adianta o presidente o diretório estadual, Luiz Pontes.

Em Fortaleza, segundo Pontes, o partido possui 40 pré-candidatos a vereador. Atualmente, são dois tucanos na Câmara Municipal da Capital. "A expectativa é fazer três vereadores na Câmara. No Ceará, temos seis candidatos a prefeito e para vereador muito mais. Faremos ainda uma estimativa" diz.

Na próxima terça-feira, 14, um encontro com os pré-candidatos definirá possíveis alianças. "O partido está se coligando. Em Caucaia já estamos com o Podemos, por exemplo. É muito difícil nos coligarmos com o PT, mas ainda há várias outras possibilidades" acrescenta Luiz Pontes.

 

Covid-19

A mudança no calendário define ainda que caberá ao Congresso decidir sobre o adiamento das eleições por um período ainda maior nas cidades com muitos casos de Covid-19

 

Calendário

Aprovada pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira, 1º, a mudança determina que os dois turnos eleitorais, inicialmente previstos para os dias 4 e 25 de outubro, serão realizados nos dias 15 e 29 de novembro

 

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