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Partidos adotam estratégias variadas na composição das chapas de vereadores na Capital
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Partidos adotam estratégias variadas na composição das chapas de vereadores na Capital

| Disputa em Fortaleza | Apostas variam de investir em nomes conhecidos e ativos no cenário político a dar chance àqueles que pretendem iniciar caminhada na vida pública
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DISPUTA por cada um dos 46 assentos da CMFor promete ser intensa (Foto: Érika Fonseca/Divulgação CMFor)
Foto: Érika Fonseca/Divulgação CMFor DISPUTA por cada um dos 46 assentos da CMFor promete ser intensa

Com apostas variadas na composição das chapas que disputarão vagas na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), partidos seguem em processo de aglutinação e organização de nomes para as primeiras eleições municipais sem possibilidade de coligações na disputa proporcional. Apesar das estratégias distintas na busca pelo fortalecimento dos grupos, dirigentes das legendas têm em comum a meta de aumentar o número de cadeiras ocupadas na Casa.

O PDT, hoje dono da maior bancada no Parlamento Municipal (16 vereadores), promete entrar na disputa com 50 postulantes. Segundo o vice-presidente da Câmara, Adail Júnior, a sigla apostará em "nomes de peso", que possam obter acima de oito mil votos. "Devemos contar com pessoas como Lúcio Bruno, um dos principais articuladores do prefeito; Júlio Brizzi, ex-coordenador de Juventude, Natália Rios que trabalha com políticas femininas e por aí vai. Temos capacidade de eleger pelo menos 12", afirma Adail.

O Pros, que faz oposição ao PDT na CMFor, diz preparar a chapa de vereadores desde o ano passado. Segundo o secretário geral do partido, Euler Barbosa, 65 nomes foram separados em uma lista com centenas de interessados. Barbosa revela que a opção foi pela equidade. "Não há candidato que possa ser um fenômeno. O que temos são pessoas que já foram candidatas, três com mandato e outras que já passaram por eleição, como Pedro Gomes de Matos. Além de novatos que transitam no campo das redes sociais".

Aliado do PDT em alguns municípios, mas opositor na Capital, o PT aposta na diversidade. Segundo o presidente da Executiva Municipal da sigla, Guilherme Sampaio, o País vive um "debate de projetos", o que faz essencial ter pré-candidatos em diferentes espaços. "Temos uma formação bastante eclética com jovens, pessoas do movimento feminista, lideranças sindicais, vereadores com mandato e ex-políticos. Lançaremos chapa cheia com intenção de dobrar a bancada petista", projetou. O PT possui atualmente três assentos na CMFor.

Legenda mais ao centro, o PSD aposta em "pluralidade" de pesos políticos, segundo afirmou o presidente estadual do partido, Domingos Filho. "Temos pré-candidatos puxadores de voto, com votação mediana e aqueles que estão começando. São pessoas com perfil de moderação", diz, sem descartar eventual participação de pessoal vinculado ao âmbito militar. Ele garante que o PSD lançará chapa cheia e projeta aumentar em 50% a bancada formada por quatro parlamentares.

Ele destaca importância da paciência para atrair nomes devido ao novo modelo sem coligação proporcional. "Os interessados buscam siglas que ofereçam maior possibilidade de vitória, por uma questão de sobrevivência política". Fator que, segundo o dirigente, prejudica a relação ideológica com os partidos.

Sem representantes na atual Legislatura, o Psol ainda não fechou o grupo segundo informou presidente estadual do partido, Ailton Lopes. Ele aponta que foi preciso adiar o processo de debate eleitoral para auxiliar comunidades no combate à pandemia do novo coronavírus, o que faz o dirigente considerar o adiamento "positivo" do ponto de vista de preparação.

Lopes afirma que a composição novamente será baseada pela diversidade. "Vamos de representantes de diversos movimentos sociais a pessoas com deficiência e até candidatura coletiva de mulheres negras. O objetivo é fazer pelo menos dois vereadores". (Vítor Magalhães)

 

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