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Nailde Pinheiro é eleita presidente do TJCE para o biênio 2021-2023
Politica

Nailde Pinheiro é eleita presidente do TJCE para o biênio 2021-2023

Atual vice do TJCE foi eleita com 41 votos. Abelardo Benevides e Paulo Airton Albuquerque Filho serão, respectivamente, vice-presidente e corregedor-geral
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NAILDE Pinheiro será terceira mulher a ocupar o cargo de presidente do TJCE (Foto: Mauri Melo)
Foto: Mauri Melo NAILDE Pinheiro será terceira mulher a ocupar o cargo de presidente do TJCE

O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) elegeu na tarde de ontem a gestão que assumirá a linha de frente do Judiciário estadual no próximo biênio. Em sessão realizada por meio de videoconferência, os desembargadores Maria Nailde Pinheiro Nogueira - atual vice-presidente do Tribunal - e Abelardo Benevides foram eleitos como novos presidente e vice, respectivamente. Eles comandarão a Corte a partir de fevereiro de 2021.

Havia entendimento prévio pela eleição da dupla, já que eles foram os únicos inscritos para as vagas em disputa. Nailde Pinheiro recebeu 41 votos, de 43 possíveis, enquanto Aberlardo Benevides obteve 42. Os votos restantes foram em branco.

A dúvida estava por conta do cargo de corregedor-geral, único com concorrência posta. O desembargador Paulo Airton Albuquerque Filho recebeu 28 votos, 14 a mais que o colega Emanuel Leite Albuquerque.

Nailde indicou que prezará por uma gestão transparente e participativa, "voltada aos interesses da sociedade cearense". Com 34 anos dedicados à magistratura cearense, a desembargadora destacou a atuação dela no exercício da vice-presidência do TJCE e, anteriormente, na presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE). "Serão experiências que recorrerei durante minha gestão à frente deste Tribunal", disse.

Segundo a presidente eleita, um dos grandes desafios será "prosseguir com a melhoria da gestão dos processos de trabalho envolvidos, sobretudo diante de um cenário fiscal que se anuncia como desafiador".

CONFIRA COMO FOI A SESSÃO QUE ELEGEU OS NOVOS DIRIGENTES DO TJCE

Ela será a terceira mulher a presidir a corte máxima do Ceará. Antes, apenas as desembargadoras Águeda Passos (1999-2001) e Iracema Vale (2015-2017) haviam ocupado o cargo. "Minha gestão também será pautada pela busca da harmonia com os demais poderes e com o compromisso por um Judiciário mais forte", concluiu Nailde.

Em seu discurso, o vice-presidente eleito Abelardo Benevides, fez um apelo aos colegas: "Que nós possamos nos unir e nos despir de vaidades para aperfeiçoar e trabalhar juntos pela elevação do nível da instituição aos olhos da sociedade", destacou. Já Paulo Airton, corregedor-geral eleito, afirmou que promoverá atuação participativa e em "sintonia com a presidência e vice" e que "nenhuma decisão importante será tomada de forma apartada".

Outro desafio contínuo do TJCE passará pela questão da produtividade. Em 2017, o tribunal figurou na última posição do Brasil (27º) em índice do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que mede produtividade por magistrado. Os números já apresentaram melhora nos últimos anos e, durante a pandemia da Covid-19, o tribunal alcançou a 10ª posição do País.

O atual presidente da corte, Washington Araújo, citou a importância do Programa de Modernização do Judiciário (Promojud) para continuidade da melhora de desempenho. "Com o Promojud, que serão recursos destinados para a modernização do tribunal, seremos referência nacional", projetou.

O procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro, destacou o papel do Judiciário em um momento de "acirramento das ideias e das disputas" no Brasil. "A sociedade nunca necessitou tanto do Judiciário como agora. Vivemos momento de grandes conflitos econômicos, políticos, sociais. E o poder Judiciário é fundamental para que possamos resgatar os laços que nos unem como nação", defendeu.

 

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