Na reta final da primeira semana de campanha pela Prefeitura de Fortaleza, o candidato do Pros, Capitão Wagner, reconheceu que o governador Camilo Santana (PT) tem se empenhado em colaborar com o prefeito Roberto Cláudio, mas que o petista "tem que demonstrar que é estadista ajudando seja quem for o prefeito a partir de janeiro".
Deputado federal e concorrente ao Paço pela segunda vez, Wagner comentou também como projeta sua relação com o Abolição caso se eleja para comandar a capital cearense a partir de 2021.
"A maior prova de que a gente não tem nenhuma animosidade com o governador é que agora, na pandemia, a gente destinou R$ 5 milhões para o governador usar no combate à Covid-19", afirmou.
"Se o governador pensa como eu, que a gente tem que atender os anseios da sociedade", continuou Wagner, "independentemente de as pessoas serem eleitoras ou não de quem está no poder, ele vai agir da mesma forma que agi com ele e vai ajudar no que é obrigação dele e no que acha que pode acrescentar à gestão".
A parceria com o Governo do Estado tem sido um dos trunfos mais fortes da candidatura de José Sarto (PDT), aliado de Roberto Cláudio e um dos principais adversários de Wagner.
Desde que a campanha eleitoral começou, como mostrou O POVO, Camilo manteve agenda com o prefeito em quatro dos cinco primeiros dias. A intensificação dos compromissos é uma tentativa de identificar Sarto ao governador.
Nesse sexto dia de campanha, Wagner fez um balanço da corrida eleitoral até aqui. "É uma campanha, é um tiro curto, são seis semanas restantes. A gente se preparou nesses quatro anos não só para a campanha, mas também para gerir a cidade", indicou.
Em seguida, ressaltou o "grupo de técnicos" que integram a equipe e a vice na chapa, a advogada Kamila Cardoso, que agrega na área social, segundo o postulante, e cuja participação numa possível administração do candidato não deve se limitar ao cargo de vice.
Durante uma caminhada ontem no Lagamar, área da periferia fortalezense, Wagner distribuiu material da candidatura e conversou com moradores ao lado de postulantes a vereador pela coligação.
Sobre a região visitada na atividade dessa sexta-feira, avaliou que o bairro "precisa de um olhar diferenciado", principalmente no que diz respeito ao emprego.
"Muitas pessoas abordando a gente pedindo emprego. Isso mostra o quanto a economia da nossa cidade foi impactada por conta da pandemia e também por questões relacionadas à gestão, como burocratizar demais os processos de abertura de empresa", criticou.
Também disse que as políticas de segurança não se esgotam em mais policiamento. "A gente acredita que, para reduzir a violência, tem que gerar emprego e renda, ocupar o espaço público com atividade econômica, social, esporte e lazer", apontou.
Neste sábado, 3, Wagner começa agenda com caminhada no Mercado São Sebastião, a partir das 7 horas. De lá, segue para visita a lojistas na rua José Avelino, no Centro, às 9 horas. Na parte da tarde, às 16 horas, participa de inauguração de comitê do vereador Sargento Reginauro.