Logo O POVO+
Candidatos sem tempo de rádio e TV buscam alternativas
Politica

Candidatos sem tempo de rádio e TV buscam alternativas

Edição Impressa
Tipo Notícia
Fortaleza em 18 de setembro de 2020, Foto divulgacao da candidata a prefeitura de fortaleza pela Unidade Popular pelo Socialismo (UP), Paula Colares. (Foto Divulgacao) (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Fortaleza em 18 de setembro de 2020, Foto divulgacao da candidata a prefeitura de fortaleza pela Unidade Popular pelo Socialismo (UP), Paula Colares. (Foto Divulgacao)

A partir da próxima sexta-feira, 9, alguns dos candidatos à Prefeitura de Fortaleza passarão a dispor da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV como mais um canal para explanar ideias e propostas. No entanto, alguns desses postulantes terão nenhum ou alguns poucos segundos para aparecer e devem se valer de muitas estratégias para conseguir atenção do eleitorado.

Essa é a primeira campanha de Paula Colares e de seu partido, a Unidade Popular (UP). Como a sigla, criada em 2016, ainda não tem representação na Câmara, devem seguir sem espaço no Horário Eleitoral. Por isso, buscam visibilidade nas ruas e redes sociais, seja abordando eleitores nas paradas de ônibus ou promovendo vídeos com a história dos candidatos.

"Achamos isso problemático, pois o processo eleitoral vai representar o que ocorre na sociedade. Há partidos que só aparecem nesse período de eleição, que só aparecem nesse período para inchar coligações", critica Paula sobre não ter tempo de propaganda.

Outro concorrente ao executivo da Capital que não terá tempo de propaganda em rádio e TV, José Loureto (PCO) não foi localizado para comentar o assunto. A reportagem tentou, sem sucesso, contato com a legenda que também não tem representação na Câmara.

A especialista em direito eleitoral Raquel Ramos responde que a diferença na distribuição de recursos e tempo de propaganda visa conciliar "pluralidade com governabilidade". "A sigla que já elegeu mais candidatos tem mais representatividade. Parece injusto mas tem uma razão de ser. É uma forma de fazer com que as agremiações busquem isso, além de evitar que um partido que acabou de ser criado, tenha esse mesmo direito".

Monalisa Soares, professora do Departamento de Ciências Sociais e integrante do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem) da UFC, relembra que existem mais de 30 agremiações. Contudo, enfatiza que quando se discute representatividade efetiva nas câmaras, prefeituras e programas políticos organizados, o número de siglas diminui muito. "A isonomia é um ponto a considerar, mas também é importante que os partidos se organizem e busquem a sociedade", explica. (Rose Serafim)

 

O que você achou desse conteúdo?