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Bolsonaro declara apoio a Capitão Wagner durante live nas redes sociais
Politica

Bolsonaro declara apoio a Capitão Wagner durante live nas redes sociais

Ao falar da disputa em Fortaleza, presidente menciona "capitão lá" e diz torcer para dar certo. Por sua vez, candidato do Pros diz que apoio é "importante para qualquer prefeito do Brasil
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 Capitão Wagner apoiou Bolsonaro em 2018: papéis se invertem (Foto: REPRODUÇÃO/FACEBOOK
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Foto: REPRODUÇÃO/FACEBOOK  Capitão Wagner apoiou Bolsonaro em 2018: papéis se invertem

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou na noite de ontem que apoiará Capitão Wagner (Pros) na disputa pela Prefeitura de Fortaleza. O gesto ocorreu durante as tradicionais lives que o presidente faz às quintas-feiras.

Bolsonaro enumerava cidades como São Paulo, Santos e Belo Horizonte, onde disse já ter um candidato definido. Ao falar sobre a capital cearense, também deixou claro quem apoiaria. "Em Fortaleza tem um capitão lá. Se deus quiser, vai dar certo", disse, fazendo referência a Wagner. Ele também acrescentou que o prefeiturável "já está na frente" na disputa.

Na transmissão, Bolsonaro também anunciou maior predisposição a colaborar com alguns candidatos pelo Brasil, principalmente, a partir de novembro, faltando duas semanas para o primeiro turno das eleições municipais.

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Em resposta ao ato de apoio, Wagner disse ao O POVO que recebe "com naturalidade o apoio do Governo Federal" e que considera "muito importante para qualquer prefeito do Brasil" ter o apoio da Presidência. O gesto de Bolsonaro, segundo o candidato do Pros, auxiliaria "na condução de políticas públicas para Fortaleza" e na continuidade de importantes projetos.

O deputado estadual André Fernandes (Republicanos) disse à reportagem que o meio de campo entre Bolsonaro e Wagner foi costurado por ele próprio. O parlamentar garantiu ter conversado com o presidente no dia 28 de setembro para destacar a importância da participação dele no pleito em Fortaleza.

Capitão Wagner pediu voto em Bolsonaro em 2018: papéis se invertem
Foto: REPRODUÇÃO/FACEBOOK
Capitão Wagner pediu voto em Bolsonaro em 2018: papéis se invertem

"O presidente perguntou como estava o cenário e qual seria minha posição. Ele perguntou se eu achava interessante ele entrar na campanha e eu falei que sem dúvida nenhuma. Então ele deu a ordem e disse que eu poderia conversar com o Capitão Wagner", assegurou.

No mesmo dia, Fernandes revelou que conversou com Wagner e planejou um encontro virtual para selar o acordo entre ambos. "Eu fui até o Capitão Wagner, peguei o meu celular, liguei para o Bolsonaro por videochamada e o coloquei para conversar com Wagner. Foi quando o presidente disse que apoiaria ele e que anunciaria em live", disse. Segundo o deputado, todas as ligações estão registradas em seu celular.

Apesar de a relação direta entre Wagner e Bolsonaro para as eleições 2020 não ter sido verbalizada por nenhum dos dois, a aproximação já era observada nos bastidores e nas redes sociais. Durante a campanha, o deputado ganhou apoio de parlamentares locais adeptos do bolsonarismo. Casos do deputado federal Dr. Jaziel (PL), e dos estaduais Delegado Cavalcante (PSL), Dra. Silvana (PL) e o próprio André Fernandes.

Nas eleições de 2018, Wagner declarou apoio e pediu votos para Bolsonaro durante a campanha que elegeu o capitão reformado como presidente.

Durante a transmissão de ontem, Bolsonaro mencionou ainda Heitor Freire (PSL), ex-aliados do presidente e também candidato à Prefeitura de Fortaleza.

Durante crítica a apropriação de sua imagem em santinhos na campanha de ex-aliados políticos que "racharam" e "viraram inimigos" seus, Bolsonaro faz menção direta à Freire, cujo material de candidato em Pacatuba inclui a imagem presidencial.

"É muita cara de pau desse deputado federal Heitor Freire de fazer santinho para seu candidato usando a minha fotografia no momento em que está rompido comigo", disse, mostrando material impresso de campanha no qual apareciam Bolsonaro, Freire e André Holanda, candidato do PSL à Prefeitura de Pacatuba.

A reportagem tentou contato com Heitor Freire, porém, não obteve resposta até o fechamento desta página. (colaboraram Carlos Holanda e Henrique Araújo)

 

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