Logo O POVO+
Sessão da AL-CE passa ao largo de disputas eleitorais
Politica

Sessão da AL-CE passa ao largo de disputas eleitorais

Plenário teve única discussão mais acalorada, mas esvaziamento determinou clima do expediente
Edição Impressa
Tipo Notícia Por

Preponderou clima de calmaria na sessão em plenário do Parlamento Estadual, ontem. As disputas político-eleitorais que costumam ecoar nas casas políticas passaram ao largo dos trabalhos da Assembleia Legislativa (AL-CE). O reflexo das eleições foi visível mais na ausência dos deputados do que propriamente nos discursos que levaram à tribuna e na ausência de votações que ocorre às quintas-feiras.

O candidato ao Paço Municipal, Anízio Melo (PCdoB) visitou os deputados como representante da Frente Norte e Nordeste pela Educação para falar da regulamentação do novo Fundeb e da efetivação dos precatórios do Fundef.

De acordo com lista de frequência solicitada por O POVO à Casa, no início do expediente, precisamente às 9h20min, foram registradas 30 presenças físicas, três pelo sistema remoto, oito faltas não justificadas e outras três justificadas. A AL-CE é formada por 46 parlamentares.

Consta como ausência explicada a do presidente da Casa e candidato a prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), e de Fernando Hugo (PP). Os dois estão com Covid-19. Patrícia Aguiar (PSD), embora apareça como falta "justificada", não foi faltante. Está licenciada por 45 dias para disputar a Prefeitura de Tauá. Como o tempo é mínimo, nenhum suplente assumiu o assento dela.

Por mais que trinta deputados tenham registrado presença, a imagem no plenário foi de esvaziamento. Dos candidatos à Prefeitura de Fortaleza, Renato Roseno (Psol) foi quem mais tempo acompanhou as discussões, embora Heitor Férrer (SD) também tenha ido à sessão.

Na tribuna, o que mais se aproximou de um clima eleitoral foi a série de críticas feitas por Delegado Cavalcante (PSL) à Prefeitura de Fortaleza. Um dos vários panos de fundo dos pronunciamentos foi a concessão do Mercado dos Peixes, na Beira-Mar, à iniciativa privada, considerada por ele meio de favorecimento do Executivo Municipal aos "amigos dos amigos".

O argumento usado foi de que as obras no local tiveram valor superior ao preço da concessão, de R$ 4 milhões. As intervenções de revitalização no local, uma parceria entre Prefeitura e o Ministério do Turismo, ficaram em R$ 5 milhões, diferente do que disse o deputado na tribuna.

Ele convocou o que chamou de "babões" do prefeito Roberto Cláudio (PDT) ao debate, apoiado por Soldado Noelio (Pros). Em dado momento, disse que os parlamentares aliados do prefeito estavam rindo da cara no povo.

Pedetista mais ligado à gestão municipal no plenário àquele momento, Salmito Filho se ergueu contra o bolsonarista para dizer que "baixe o tom" e que debata com informações verdadeiras.

O pedetista argumentou que Cavalcante não deveria se opor à concessão do Mercado, já que é defensor de um governo de plataforma economicamente liberal, o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Estão previstas mais três sessões na AL-CE até as eleições. Antes de se infectar, Sarto havia mencionado que é provável que o Legislativo siga o ritmo tradicional, ou seja, o de não haver expediente nas últimas duas sessões - 5 e 12 de novembro - que antecipam a data da eleição - dia 15 de novembro.

 

O que você achou desse conteúdo?