Candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (Pros) cobrou ontem a presença do adversário José Sarto (PDT) em debates no segundo turno da disputa eleitoral. "A gente já tomou conhecimento de que o adversário fugiu do primeiro debate, que seria domingo na TV Cidade. Ele se recusou a ir ao debate", disse.
Segundo Wagner, o encontro na emissora "seria o primeiro, mas ele (Sarto) se recusou a ir, sob a alegação de que o debate é muito longo".
"Ora, a gente tem que discutir problemas urgentes da cidade e as soluções para esses problemas", continuou. "Quanto mais longo fosse esse debate, melhor para a gente mostrar as nossas propostas."
O representante do Pros acrescentou: "Ele se nega a ir, demonstrando que está com medo da discussão na cidade e que não tem projeto para a cidade de Fortaleza. Ou que está com medo das acusações em relação à Prefeitura".
Então, citou operação da Polícia Federal realizada ontem na capital cearense e noutras cidades e que resultou na prisão de um ex-deputado federal do Ceará por suposto envolvimento em esquema de desvio de recursos a partir de contratos de aluguel de veículos.
"Foi mais uma operação da Polícia Federal que encontra R$ 2 milhões, e a própria PF mostra que tem envolvimento com a Prefeitura de Fortaleza. São muitos escândalos envolvendo e, talvez por medo de discutir esses problemas, ele não vai comparecer a esses debates", afirmou o concorrente.
De acordo com o republicano, os primeiros dias de campanha foram dedicados "à preparação, apesar de ser um segundo turno bem curto".
"Nos três primeiros, a gente se organizou e preparou a campanha, gravamos muito programa de TV. No primeiro turno, a gente só tinha tempo para apresentar propostas, agora teremos tempo maior", declarou.
Sobre como pretende conquistar os eleitores de postulantes que não foram ao segundo turno, tais como Luizianne Lins (PT), Heitor Férrer (SD) e Célio Studart (PV), Wagner respondeu: "Primeiro a gente tem que frisar que, no primeiro turno, foram todos eleitores de oposição ao atual prefeito".
Para ele, "isso já nos dá vantagem porque nossa candidatura é de oposição, mas logicamente que não é só por ser oposição que os eleitores vão escolher nossa candidatura".
E completou: "Vamos combater a corrupção, que existiu com muita força nessa gestão. Vamos ter um olhar social que essa gestão não teve. Também vamos ter um olhar para a periferia da cidade que o atual gestor não teve".
Quando perguntando sobre falas do governador Camilo Santana (PT) que o associam à exploração da violência e do ódio, o candidato do Pros rebateu: "Acho que o governador deveria se preocupar com as facções. O governador, se tivesse responsabilidade com a segurança da cidade e o processo lícito, estaria reforçando a segurança".