Para o vereador Guilherme Sampaio (PT), a retirada dos projetos de emenda à lei orgânica 002/21 e 004/21 pela Prefeitura de Fortaleza é resultado da mobilização dos sindicatos - que deflagraram estado de greve -, dos servidores e da atuação de parte dos parlamentares na Casa.
"Associado a isso, a denúncia que nós fizemos da exclusão da bancada petista da Comissão (Especial) que aprovou esse projeto foi a base de uma ação movida pela vereadora Ana Paula, e que levou a uma decisão da Justiça no sentido de suspender liminarmente a tramitação dessa matéria", acrescentou o petista.
Ainda de acordo com Sampaio, "não se pode admitir que quem está enfrentando a Covid na linha de frente tenha seus direitos alterados sem sequer participar de uma mesa de negociação."
Numa perspectiva de projeção, Guilherme afirma esperar que haja diálogo entre a gestão municipal e as entidades representativas. "Em segundo lugar que se preservem direitos. E em terceiro lugar que a Câmara Municipal atue na defesa desses diretos, e isso inclui tanto vereadores do governo como vereadores da oposição", pontuou.
Também influente entre servidores municipais, a vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT) foi às redes sociais para live logo após o Executivo ter enviado ofício à Câmara solicitando a retirada das mensagens que assentariam as bases para as transformações na Previdência.
Embora do PDT, ela fez críticas à condução da pauta pelo Executivo e pelo Legislativo.
"Quero deixar claro pra você que me acompanha que a gente tem certeza de que precisam ser feitas adequações na questão da Previdência do Município, a gente sabe disso. Mas acredito que essas mudanças e adequações podem ser feitas de forma dialogada, conversada, pactuada, de forma respeitosa", sublinhou a pedetista, para quem o gestor acertou ao dar um passo atrás.
"Fico muito feliz com a posição do prefeito José Sarto de recuar nesse momento para se ter o diálogo, para se conversar. Acho que assim que a gente constrói", opinou.