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Izolda sobre violência: "Se fosse só aqui, seria mais fácil"
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Izolda sobre violência: "Se fosse só aqui, seria mais fácil"

Governadora faz hoje primeira reunião de secretariado. O principal desafio segue o mesmo de Camilo: a segurança pública
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Posse de Izolda Cela como governadora do Ceará (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Posse de Izolda Cela como governadora do Ceará

A governadora Izolda Cela (PDT) tem hoje, às 10 horas, a primeira reunião com o secretariado para avaliação das ações e projetos da gestão que dará continuidade. Ela confirmou, na primeira entrevista após a posse, que não pretende fazer alterações na equipe que herdou de Camilo Santana (PT).

"Essa é uma equipe afinada, que tem alta dose de engajamento, uma equipe da qual eu participei também, em alguma medida, da organização dela, então as mudanças serão em função de alguma necessidade, não em função de alguma ansiedade por mudança", ela adiantou.

A governadora tem como principal desafio deixado pelo antecessor a segurança pública, uma das mais delicadas áreas para o grupo político que está no governo desde 2007.

Para Izolda, é complexo o problema da violência no Ceará, pois ultrapassa as fronteiras do Estado. "Se fosse só aqui, seria até mais fácil", afirmou a governadora, para quem a violência é um obstáculo a toda a América Latina. O discurso é similar ao do antecessor. Camilo afirmou que é responsabilidade do Governo Federal cuidar das fronteiras.

O argumento é de que o fluxo da droga se dá por meio delas. A mercadoria é a principal fonte de renda do crime organizado, que em muitas oportunidades gerencia territórios da Capital e do Interior. No discurso para transmissão do cargo, no Palácio da Abolição, o petista disse que o problema não será resolvido só com propostas populistas e discursos demagógicos. Como vice-governadora, Izolda esteve à frente do Pacto por um Ceará Pacífico.

"A Vice-Governadoria estava nessa linha de frente, voltada exatamente para integrar as próprias áreas do governo e também trabalhar juntamente com outros poderes, com as outras instituições, tanto as instituições do Estado, como Ministério Público e a Defensoria, como também organizações não governamentais, setor produtivo, no sentido de engajá-los em prol das questões que nos desafiam da segurança pública", relembrou Izolda em entrevista coletiva.

Para ela, as ações preventivas — no campo social — devem ser tão fortes quanto as de repressão à violência, com foco na contenção dos homicídios. "Mas é uma problemática complexa e que o governo vem trabalhando fortemente em todas as ações de melhoria para nós termos cada vez mais uma condição mais qualificada de vencer o problema pouco a pouco."

Em 2021, o Ceará teve redução de 20% nos homicídios. No ano anterior, de motim de parte da Polícia Militar, o dado foi de 4.039 mortes violentas, uma alta de 78,9% em relação ao ano anterior.

 

OPOSIÇÃO

Capitão Wagner tem feito críticas à gestão da segurança no Ceará. A equipe dele já trabalha com um esboço de slogan para a campanha: "Ceará sem medo". Ele tem repetido que cuidará pessoalmente da segurança, não o vice

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