Logo O POVO+
Votação mostrou tamanhos da base e da oposição
Politica

Votação mostrou tamanhos da base e da oposição

| ASSEMBLEIA | O pacote de mensagens do governador foi a primeira demonstração prática do tamanho e das posturas a serem adotados por base e oposição no Ceará
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Deputados de PL, União Brasil e parte do PDT se uniram em oposição (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Deputados de PL, União Brasil e parte do PDT se uniram em oposição

A maratona de votações da quarta-feira foi a primeira mostra concreta do tamanho da base governista de Elmano de Freitas (PT), bem como da oposição. Nessa espécie de estreia do novo cenário político estadual, foi possível conferir quais devem ser os comportamentos de diferentes grupos e personagens oposicionistas e aliados.

O aspecto talvez mais significativo seja percebido no PDT. Confirmou-se a divisão, mas agora ela está quantificada. Dos 13 deputados, 3 são oposição. Trata-se do grupo do ex-prefeito Roberto Cláudio e do prefeito de Fortaleza, José Sarto. São 10 os pedetistas alinhados com o governo. O PDT é um partido de situação, está na base de Elmano. Aliás, nenhum outro partido tem tantos deputados — tantos votos, portanto — ao lado do Palácio da Abolição.

O trio de pedetistas oposicionistas é composto por Antônio Henrique, Cláudio Pinho e Queiroz Filho. Entre os integrantes da ala de situação, destaque para Lia Gomes, irmã de Ciro Gomes e do senador Cid Gomes — um que está alinhado na oposição ao PT, outro adepto do apoio ao governo.

Partido de Capitão Wagner, o União Brasil também não foi em bloco para a oposição. Um dos quatro deputados da legenda, Firmo Camurça, votou com o governo o tempo todo.

Votação mais controversa, o aumento do ICMS expôs o que hoje seria o tamanho máximo da oposição, bem como a base aliada mínima. O placar foi de 29 votos a 13.

Os votos contrários foram: Alcides Fernandes (PL), Antônio Henrique (PDT), Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos), Carmelo Neto (PL), Cláudio Pinho (PDT), David Durand (Republicanos), Dra. Silvana (PL), Emilia Pessoa (PSDB), Felipe Mota (União Brasil), Marta Gonçalves (PL), Oscar Rodrigues (União Brasil), Queiroz Filho (PDT) e Sargento Reginauro (União Brasil).

Porém, essa oposição não foi uma constante. Foram cinco os deputados que votaram contra o governo nas quatro mensagens sobre as quais houve polêmica: Carmelo, Silvana, Felipe Mota, Reginauro e Alcides, pai de André Fernandes.

Apóstolo Luiz Henrique só não votou contra o governo nas mensagens em que estava ausente — o que foi metade dos casos em que havia polêmica.

Já o trio pedetista ligado a Roberto Cláudio votou todo com o governo sobre o empréstimo de R4 900 milhões do Banco do Brasil.

Marta Gonçalves e Emilia Pessoa, por sua vez, só não apoiaram o governo na votação do aumento do ICMS. David Durand também — e no empréstimo, quando esteve ausente.

As posturas também não são uniformes. Há diferenças nas formas de fazer oposição de Queiroz Filho e Dra. Silvana, por exemplo.

Além do aumento do ICMS, aprovado por 29 a 13, as votações nas quais houve disputa envolveram a reforma administrativa (34 a 9), redução de incentivos fiscais (35 a 8) e o empréstimo, quando já havia menos parlamentares votando (31 a 6).

Desde o início do dia, a oposição fez diversas tentativas de adiar a votação — foram cinco requerimentos apresentados, e todos derrubados. (Com Júlia Duarte)

abrir

O que você achou desse conteúdo?