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Para conter crise interna, PR votará contra PL das Fake News na Câmara
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Para conter crise interna, PR votará contra PL das Fake News na Câmara

Com bancada de 42 deputados, decisão da legenda pode levar à derrota da proposta em plenário
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 Marcos Pereira, deputado federal e presidente nacional do PR  (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados  Marcos Pereira, deputado federal e presidente nacional do PR

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, anunciou que a bancada do partido na Câmara votará contra o Projeto de Lei das Fake News. O movimento de Pereira, que é vice-presidente da Casa, ocorre para conter uma crise na legenda - após a maioria da bancada ter votado a favor da tramitação do texto em regime de urgência - e cria dificuldades para o Palácio do Planalto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conta com a aprovação do projeto amanhã. A proposta estabelece a regulação das plataformas digitais e obrigações aos provedores de redes sociais, mas sofre forte oposição das chamadas big techs, como Google e Tik Tok, e também do segmento evangélico.

O Republicanos tem ligações com a Igreja Universal do Reino de Deus, e muitos de seus parlamentares são evangélicos.

O partido também abriga o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visto como possível candidato à sucessão de Lula, em 2026, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fique inelegível.

Na prática, a votação do Projeto de Lei das Fake News virou um cabo de guerra entre aliados do governo e oposição. O argumento oficial para que evangélicos sejam contra a proposta é o de que há ali "censura" à liberdade religiosa.

Para ser aprovado, o texto precisa de maioria simples, desde que confirmado o quórum mínimo de 257 deputados em plenário. A aprovação se dá por metade mais um dos votos dos parlamentares que registrarem presença na sessão.

Nos últimos dias, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do projeto, fez várias mudanças no texto, na tentativa de conter resistências. Incluiu, por exemplo, um trecho segundo o qual a lei deve observar "o livre exercício da expressão e dos cultos religiosos (...) e a exposição plena dos seus dogmas e livros sagrados". Além disso, retirou da proposta a criação de uma agência reguladora de supervisão das plataformas digitais, batizado ironicamente pela oposição de "Ministério da Verdade".

 

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