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Prefeito eleito de Baixio se apresenta após pedido de prisão; prefeito de Choró ainda é procurado
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Prefeito eleito de Baixio se apresenta após pedido de prisão; prefeito de Choró ainda é procurado

No caso de Choró, o gestor eleito havia sido preso há duas semanas, liberado e agora tem outro mandato em aberto
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Dois gestores eleitos são alvo de mandatos que seguem em aberto  (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Dois gestores eleitos são alvo de mandatos que seguem em aberto

Dois municípios tiveram, na última semana, seus prefeitos eleitos envolvidos em operações e alvos de pedidos de prisão. Um deles é Lúcio Barroso (Republicanos), prefeito eleito de Baixio, distante 435,16 quilômetros de Fortaleza. Ele foi um dos alvos da operação que afastou cinco secretários municipais em Pindoretama na última sexta-feira, 6.

O POVO apurou com fontes ligadas ao prefeito eleito que ele se apresentou ainda na sexta e vai cumprir os cinco dias de prisão temporária. Procurado sobre o caso, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) encaminhou a demanda para o Ministério Público (MPCE), que não respondeu até o momento.

Ação do Ministério Público do Estado do Ceará, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), com apoio da Polícia Civil, investigava um suposto esquema de superfaturamento e desvio de dinheiro público de contratos de locação de veículos firmados entre a prefeitura de Pindoretama e empresas. Um dos empresários envolvidos seria justamente o prefeito eleito.

No total, cinco empresários foram alvo de mandados de prisão por também supostamente integrarem o grupo criminoso. Os investigados poderão responder por peculato, falsidade ideológica, associação criminosa e fraudes contratual e licitatória.

A investigação do Gecoc constatou que a Prefeitura de Pindoretama, entre os anos de 2021 e 2023, teria efetuado pagamentos para utilização de carros muito mais antigos do que os que deviam ser disponibilizados pelas empresas que mantinham contrato com o Poder Executivo do município, o que caracterizaria superfaturamento.

Outro caso é o de Bebeto Queiroz (PSB), prefeito eleito de Choró, 168,10 quilômetros de Fortaleza. Já é a segunda vez que ele é procurado, dentro do prazo de duas semanas. Em 23 de novembro, ele entregou à Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) na Delegacia de Capturas (Decap), antes foragido após ser alvo da operação "Ad Manus" junto do prefeito atual do município, Marcondes Jucá (PT) e de um servidor da Secretaria de Transporte do município. Eles são suspeitos de praticar atos ilícitos em contratos de prestação de serviço de abastecimento de veículos da Prefeitura de Choró.

Após cumprir dez dias de prisão preventiva, ele foi liberado. Nas redes sociais, ele publicou nota afirmando que recebeu com "serenidade" a notícia da menção na operação. "E reafirma sua total inocência com relação aos fatos investigados pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE)", escreveu. Mesmo preso, ele poderia tomar posse.

No entanto, a Polícia Federal (PF) e o MPCE deflagraram, na manhã da quinta-feira, 5, uma operação para desarticular um grupo criminoso investigado por utilizar dinheiro de caixa dois de empresas vinculadas à organização criminosa para compra de votos em municípios cearenses. A operação cumpria dois mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão em Fortaleza, sendo o prefeito eleito um dos alvos. De acordo com informações da PF, um dos mandados de prisão ainda não foi cumprido, com alvo estando foragido.

 

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