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Elmano diz que 'não seria novidade' PT disputar tanto governo como Senado
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Elmano diz que 'não seria novidade' PT disputar tanto governo como Senado

|Cenário 2026| Governador lembra que já houve eleição em que o PT teve candidato ao governo e ao Senado. Ele defende adiar definições da chapa
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GOVERNADOR Elmano de Freitas (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS GOVERNADOR Elmano de Freitas

Questionado sobre a formação da chapa nas eleições de 2026, o governador Elmano de Freitas (PT) lembrou que já houve eleições em que o Partido dos Trabalhadores (PT) encabeçou as principais candidaturas, ao mesmo tempo, em que houve pleitos nos quais foi formada uma chapa com peças de outros partidos.

"Em 2022, eu fui candidato a governador pelo PT, o candidato a senador foi o Camilo (Santana) pelo PT. Nós tivemos os dois, então não seria nenhuma novidade, mas não é esse o tema".

O governador destaca que a atual vice é Jade Romero, cujo partido também pleiteia candidatura ao Senado, para o deputado federal Eunício Oliveira. "Evidentemente, a minha vice é do MDB, não é?"

Elmano recorda ainda dos cenários de 2014 e 2018, quando o PT não teve espaço além da candidatura a governador. "Em outro momento, Camilo foi candidato a governador com outros candidatos a senador, que nenhum era do PT".

Ele enfatiza, então, a conjuntura política de cada ano. "Cada eleição é um processo. Cada eleição tem suas circunstâncias. Vamos deixar chegar o momento de 26", afirmou, durante evento de lançamento da Galera da Liberdade, no Palácio da Abolição.

O governador recordou que a candidatura dele próprio para a eleição de 2022 foi definida apenas pouco tempo antes da campanha. "Eu fui candidato a governador por uma circunstância política ocorrida, faltando cinco meses para a eleição. Eu era candidato a deputado estadual. Então, tanta coisa acontece, eu acho que é precipitado. Nós queremos antecipar um debate que, de fato, ele só deve ser decidido lá para junho do ano que vem", relembrou.

O governador afirma que quem trata do processo eleitoral, hoje, é a oposição. O foco do grupo governista, afirma, é na entrega de melhorias para a população cearense. "Quem quer discutir o processo eleitoral agora, prioritariamente, é a oposição. Eu acho que nós do governo devemos discutir é como vamos fazer para acelerar as entregas que nós nos comprometemos com o povo cearense. Quem está governando tem a obrigação e o dever de cumprir com seu dever de governar".

Para o deputado estadual Guilherme Sampaio (PT), líder do governo Elmano na Assembleia, ainda é cedo para definir se o PT irá encabeçar ou não as principais candidaturas para 2026.

"No momento oportuno, nós vamos sentar solidariamente com todos os partidos da base e fazer uma discussão franca e em torno da sustentabilidade desse projeto. E, é óbvio que é legítimo que todos os partidos, incluindo o próprio PT, apresentem os seus quadros. É muito bom para uma aliança ter quadros, a quantidade de quadros que nós temos, com capacidade eleitoral e política de disputar o Senado. Isso é uma prova da força dessa aliança. E a força dessa aliança é uma decorrência da capacidade das lideranças que a conduzem. Então, não tenho a menor dúvida que o governador Elmano, o ministro Camilo, o senador Cid, o prefeito Evandro e as direções partidárias terão a habilidade necessária para construir a chapa no momento certo", explicou.

A disputa para saber quem serão os candidatos da base governista para as duas vagas em disputa ao Senado em 2026 tem sido assunto nos últimos meses. Há diversos nomes colocados, como o dos deputados federais Eunício Oliveira (MDB), José Guimarães (PT), Chiquinho Feitosa (Republicanos) e Júnior Mano (PSB). Este último, com apoio do senador Cid Gomes (PSB), que insiste que não quer concorrer à reeleição. Luizianne Lins (PT) foi lançada pré-candidata a senadora. O presidente da Assembleia Legislativa, Romeu Aldigueri, e o secretário Chagas Vieira também são cogitados para estar na chapa majoritária. (Com informações de Rogeslane Nunes/Especial do O POVO)


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