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Tropas federais chegam nesta quinta ao Ceará
Reportagem

Tropas federais chegam nesta quinta ao Ceará

Governador Camilo Santana solicitou apoio ao ministro Sergio Moro após paralisação de policiais
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, enviará agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) ao Ceará. A medida atende pedido do governador Camilo Santana, que solicitou ontem o auxílio após paralisação dos agentes de segurança no Estado. A primeira equipe da FNSP chega a Fortaleza hoje, às 14 horas, enquanto a PRF deve desembarcar no Estado em até dois dias.

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que em relação à paralisação de parte dos policiais militares no Ceará, "a situação está sendo acompanhada e analisada pelo Governo Federal". Não há confirmação do quantitativo de agentes que será enviado, mas, conforme O POVO apurou, cerca de 200 homens da PRF e outros 60 policiais federais devem vir ao Estado.

Ainda há viaturas da Força Nacional na Capital. São veículos remanescentes da crise de segurança em janeiro de 2019, com onda de ataques orquestrada por facções criminosas.

Camilo Santana também entrou em contato com o general Luiz Eduardo Ramos, secretário do Governo Federal, para pedir apoio. O petista disse que as imagens dos protestos de militares mostram "ações de vandalismo praticadas por homens mascarados, alguns policiais, e mulheres que se apresentam como esposas de policiais" e que têm como objetivo "prejudicar a segurança das famílias cearenses".

Segundo o governador, o pano de fundo das ações é o interesse de "pequenos grupos que se aproveitam da boa-fé da tropa para mentir, ganhar dinheiro e para se projetar politicamente, especialmente em anos de eleição".

No pronunciamento em vídeo, Camilo destaca que os investimentos em segurança pública durante seu mandato têm sido consideráveis. Ele afirma que, mesmo em cenário de crise econômica no País, o Ceará apresentou proposta que eleva a remuneração de toda a tropa. O governador ressaltou que o reajuste salarial foi amplamente negociado com representantes de policiais e bombeiros, além de parlamentares da base e de oposição. O processo contou com acompanhamento do Ministério Público do Estado (MPCE) como observador.

Aos agentes que cometerem atos de indisciplina, o governador determinou afastamento imediato, além de instauração de inquérito, processo administrativo disciplinar e corte imediato do salário referente ao mês de março. "Aos infratores que violam a lei e realizam motim, minha determinação é que sejam submetidos a todas as punições previstas em lei", frisou.

 

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