Autor de denúncia que deu origem à investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) sobre compra de respiradores mecânicos pela Prefeitura de Fortaleza, o deputado federal Capitão Wagner (Pros) negou que ação tenha natureza política.
"As instituições que fizeram a operação de hoje são as da Lava Jato: PF, MPF e Controladoria", respondeu o parlamentar.
Questionado sobre as críticas do prefeito Roberto Cláudio (PDT), que sugeriu interesse eleitoral de agentes por trás da apuração de eventuais malfeitos, Wagner, que é pré-candidato ao Paço neste ano, disse que "faltou argumento da Prefeitura".
"Não vou politizar o debate", acrescentou o deputado. "Prestamos um serviço ao povo quando denunciamos. Hoje só temos que comemorar. O cancelamento (dos contratos) só ocorreu quando denunciamos."
Presidente estadual do PDT e também deputado federal, André Figueiredo afirmou que não pode desacreditar as instituições, "mas as ingerências de Bolsonaro (na PF) podem dar a algumas operações um caráter suspeito, uma tentativa de favorecimento de aliados do presidente".
O pedetista acredita que há "uma possibilidade muito forte (de interferência na PF)" no Ceará e que "o que motivou a operação foi viés político-eleitoral". (Henrique Araújo)