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No mundo, grupos de extema-direita têm adotado modus operandi similar
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No mundo, grupos de extema-direita têm adotado modus operandi similar

Internacional
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INVASÃO ao Capitólio foi instigada por Trump alegando fraude eleitoral (Foto: AFP)
Foto: AFP INVASÃO ao Capitólio foi instigada por Trump alegando fraude eleitoral

Desde o início da última década, grupos políticos de direita e extrema-direita têm ganhado força no mundo. Com um modus operandi padrão de questionamento frequente ao sistema e às instituições, o modelo ganhou mais adeptos e tornou-se replicável mundo afora. A eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, em 2016, foi um marco nesse sentido.

Entretanto, foi perto do fim de seu mandato, no início de 2021, que os maiores danos desse tipo de conduta vieram à tona. A invasão ao Capitólio dos EUA por uma multidão de apoiadores do então presidente demonstrou a fragilidade da democracia e acendeu sinais de alerta pelo mundo. A conduta de Trump, que por meses minou a confiança da população no processo eleitoral alegando fraude, sem apresentar provas, ocorria em outros locais.

Do outro lado do Atlântico, o italiano Matteo Salvini, líder da ultra-direitista Lega Nord, apoiava o trumpismo e a narrativa de fraude. Essa foi uma das formas encontradas de se afirmar como um dos ditos nomes “antissistema”.

Ministro do Interior da Itália entre 2018 e 2019, Salvini adotava políticas parecidas com a do ex-presidente dos EUA, desde o questionamento ao sistema político de seu país, quanto na questão imigratória.

Líder da extrema-direita italiana Matteo Salvini
Foto: Alberto PIZZOLI/AFP)
Líder da extrema-direita italiana Matteo Salvini

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca escondeu o apreço pelo colega da nação mais ao Norte. Entusiasta do trumpismo, Bolsonaro apoiou publicamente o ex-presidente dos EUA durante a campanha eleitoral e foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer publicamente a vitória do democrata Joe Biden na eleição americana.

O brasileiro defendeu a narrativa trumpista, infundada, de fraude e tem reproduzido desde que venceu sua própria eleição. “A minha eleição foi fraudada. Eu tenho indícios de fraude na minha eleição. Era para eu ter ganho no primeiro turno”, disse Bolsonaro em janeiro, na época da invasão ao Capitólio.

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Atualmente, cerca de um ano e meio antes do pleito no Brasil, o presidente investe em uma espécie de campanha de desconfiança sobre o sistema eleitoral, levantando a bandeira do voto impresso e sugerindo que pode adotar estratégia de tensionar a relação com as instituições brasileiras. Postura similar a de Trump no roteiro americano um ano antes da votação.

(Mar a Lago - Flórida, 07/03/2020) Presidente da República Jair Bolsonaro acompanhado  do Senhor Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, posam para fotografia..Foto: Alan Santos/Presidência da República
Foto: Alan Santos/Presidência da República
(Mar a Lago - Flórida, 07/03/2020) Presidente da República Jair Bolsonaro acompanhado do Senhor Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, posam para fotografia..Foto: Alan Santos/Presidência da República

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