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Carol Biazin traz "Reversa Tour" a Fortaleza neste fim de semana
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Carol Biazin traz "Reversa Tour" a Fortaleza neste fim de semana

Vivendo nova era com o álbum "Reversa", Carol Biazin faz show em Fortaleza neste sábado, 28, no Teatro do Shopping Riomar
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Carol Biazin (Foto: Breno Galtier / divulgação)
Foto: Breno Galtier / divulgação Carol Biazin

Há quem diga que a música retribui com a mesma intensidade que se deposita nela. Definida inicialmente pelos fãs como uma artista injustiçada, Carol Biazin decidiu provar o contrário com o disco "Beijo de Judas", lançado em 2020. Agora, assumindo ser alguém que opta por seguir no sentido contrário da maré, a cantora vive o auge da carreira com o álbum "REVERSA", de 2023, no qual expõe sentimentos até então intocados.

"Isso de ser injustiçada me pegou muito na época, no auge da frustração na pandemia. Em 'Reversa', decidi me reinventar. Me considerar do contra me edificou e fica até mais leve de falar. Não acho que eu seja injustiçada, mas gosto de pegar o caminho mais difícil e, se eu não fizesse assim, acabaria abrindo mão de muitas coisas que me fazem ser quem sou hoje", afirma Carol em entrevista ao Vida&Arte.

Nascida no interior do Paraná, a cantora começou a estudar violão aos oito anos de idade e chegou a ingressar na faculdade de Música, em Curitiba. Ela já publicava covers e faixas autorais em canal do YouTube quando participou da sexta temporada do “The Voice Brasil”, em 2017, integrando o time de Ivete Sangalo e chegando até a final do programa.

Em janeiro de 2022, Carol liberou o single "Garota Infernal" e se tornou a primeira artista brasileira a receber o suporte da Amazon Music no "Ecoando", projeto global dedicado a apoiar e promover o trabalho de talentos em ascensão na indústria musical.

Dando sequência ao arquétipo de garota infernal, o single "Brinca com A…" chegou em agosto, guiado por uma atmosfera sensual representada pelos tons de vermelho. As faixas fazem parte do projeto "Reversa", com o qual Carol está em turnê este ano e passará por Fortaleza neste sábado, 28.

Confira a entrevista realizada com a artista:

O POVO - Como estão as expectativas para o show na capital do Ceará?

Carol Biazin - Já fui a Fortaleza algumas vezes, fiz vários tipos de shows; só voz e violão, outro só eu e playback, shows com banda. Agora, vou voltar com uma nova turnê. Sempre fui muito bem recebida aí, é uma sensação de aconchego, de um abraço gostoso. Eu amo a cultura, a comida, os lugares, as pessoas são simpáticas, é um lugar que eu me envolvo. A gente que vive no caos de São Paulo sente a diferença, e é uma diferença boa.

OP - Como foi o processo de produção e criação de identidade visual de "Reversa"?

Carol - Quando lancei o primeiro single, eu não sabia que viria um álbum pela frente. O disco me trouxe sensações diferentes e isso influenciou no uso de cores. Cada ato do álbum tem uma cor. A cor vermelha, que é a da Garota Infernal, a gente pensa muito em poder, e dominação; os videoclipes são mais exagerados e com coloração quente. O meio do álbum é azul, é o momento de tristeza e decepção, de frieza. E o ato da paixão, que é quando ela está flutuante, super apaixonadinha, reverbera no rosa, que é um ato mais divertido. Tudo foi pensado nos mínimos detalhes, porque pra mim era muito claro, mas eu queria ter certeza que as pessoas iam entender o mesmo.

OP - Existe um ato com o qual você se identifica mais?

Carol - Eu tenho momentos. Eu já estive muito no ato 3, da atmosfera sensual e com muito amor próprio. Mas, musicalmente eu gosto muito do ato 2, o que não significa que eu estou triste, mas acho um ato verdadeiro e cru. Ele traz mais instrumentos, ao mesmo tempo tem músicas que as vozes nem foram afinadas. Me identifico mais com o 2, com certeza.

OP - Como aquela Carol no The Voice de 2017 chegou até a Carol de 'Reversa'? Como foi essa caminhada?

Carol - Muita coisa mudou, principalmente a confiança, eu me sinto mais confiante, estou mais madura para lidar com problemas e conseguir persistir nessa carreira que não é fácil. Apanhei um pouco ali e depois levantei. Acho que o lado pessoal principalmente, aprendi a separar o CPF do CNPJ. Geralmente a gente fala de ser uma empresa, uma marca, mas somos pessoas também, seres humanos.

Carol Biazin cantou no Carnegie Hall em Nova Iorque em evento de homenagem à bossa nova(Foto: Bryan Berrios )
Foto: Bryan Berrios Carol Biazin cantou no Carnegie Hall em Nova Iorque em evento de homenagem à bossa nova

OP - Neste mês, você também se apresentou no Carnegie Hall, em Nova Iorque, com Roberto Menescal, Carlinhos Brown e Seu Jorge. Quais sentimentos estão envolvidos na conquista?

Carol - Fiquei muito feliz de ser cotada para fazer essa apresentação junto desses grandes nomes da bossa nova e da MPB. Eu lembro quando comecei a tocar violão com oito anos de idade, sempre fui de querer dar o passo maior que a perna, uma menina curiosa. Eu pedia para meu professor me ensinar a tocar coisas mais difíceis, queria mais desafios, e ele me passou a música "Garota de Ipanema", que tem vários acordes, e a segunda música foi "O Barquinho", de Roberto Menescal. Nunca imaginei na minha vida que ia tocar no Carnegie Hall em Nova York ainda mais com essa galera.

OP - Com uma diversidade de artistas na atualidade, como qualifica suas principais referências?

Carol - São muitas referências. A gente cresce ouvindo uma coisa e depois vai escutando outras. Eu cresci no meio de uma família do interior do Paraná, sempre ouvi sertanejo raiz e, apesar de eu não cantar sertanejo, fiz questão de trazer um pouco disso nas novas músicas. No Brasil temos muitas referências, Vanessa da Mata, IZA, Ludmilla, Rita Lee, Tribalistas, muitos. O Brasil é um dos países que escreve letras mais poéticas e lindas. 

Reversa Tour

  • Quando: sábado, 28, às 21 horas
  • Onde: Teatro RioMar Fortaleza (R. Des. Lauro Nogueira, 1500 - Papicu)
  • Quanto: a partir de R$ 60; ingressos à venda no site uhuu.com

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