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Vacinas: como funcionam e por que você deve se vacinar
Reportagem Seriada

Vacinas: como funcionam e por que você deve se vacinar

A vacinação é o método de prevenção mais seguro e eficaz para combater doenças infecciosas. Com quatro séculos de conhecimento científico sobre o desenvolvimento de vacinas, o mundo conseguiu criar um imunizante contra a Covid-19 em tempo recorde. No entanto, a disseminação de fake news e o negacionismo tem dificultado o processo de vacinação no Brasil
Episódio 4

Vacinas: como funcionam e por que você deve se vacinar

A vacinação é o método de prevenção mais seguro e eficaz para combater doenças infecciosas. Com quatro séculos de conhecimento científico sobre o desenvolvimento de vacinas, o mundo conseguiu criar um imunizante contra a Covid-19 em tempo recorde. No entanto, a disseminação de fake news e o negacionismo tem dificultado o processo de vacinação no Brasil
Episódio 4
Tipo Notícia Por

 

Por muito tempo, o Brasil foi exemplo internacional em cobertura vacinal, principalmente por causa do Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973. De lá para cá, o País enfrentou e venceu doenças como varíola, poliomielite, sarampo, febre amarela e H1N1. No entanto, o cenário com a Covid-19 tem sido perigoso.

Diferente de experiências anteriores, o movimento antivacina no Brasil tem se intensificado, reduzindo a confiança da população no imunizante. Somado a isso, o Governo Federal menospreza a gravidade da pandemia e a eficácia da vacina contra a Covid-19. Isso resultou na não aquisição de doses dos imunizantes para a população e favoreceu a ampla disseminação de mentiras (fake news) sobre as vacinas - em algumas ocasiões, compartilhadas pelo próprio Governo.

 

O que é uma vacina?

 A vacina é uma treinadora do sistema imunológico.

 

Como funciona o sistema imunológico

O sistema imunológico tem um processo natural de reconhecimento e combate de patógenos. O que as vacinas fazem é estimular essa resposta natural de maneira segura, evitando riscos de doenças graves e mortes.

 

Assim, o objetivo das vacinas não é impedir a doença de acontecer, mas impedir que a pessoa morra. Como em qualquer outra vacina, é possível contrair a doença, mas ela será bem mais leve e rápida.

Além disso, a vacina ajuda a criar imunidade coletiva - quando um número grande de pessoas se vacina e, por consequência, protege quem não pode se vacinar.

 

Como funciona a imunidade coletiva

 

Mas, é preciso considerar também a taxa de eficácia e eficiência das vacinas, além do padrão de disseminação da doença na região vacinada. De maneira bem simplificada:


As vacinas disponíveis para Covid-19 no Ceará

 

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O impacto das vacinas no Brasil

 

A varíola era uma doença muitas vezes mortal e altamente contagiosa. Na foto, uma criança de Bangladesh infectada com varíola em 1973.(Foto: CDC/James Hicks)
Foto: CDC/James Hicks A varíola era uma doença muitas vezes mortal e altamente contagiosa. Na foto, uma criança de Bangladesh infectada com varíola em 1973.

Varíola: a doença mundialmente erradicada pelas vacinas

 

A varíola foi considerada erradicada mundialmente no dia 8 de maio de 1980, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso só foi possível pelas décadas de campanha de vacinação intensa em todo o mundo. Agora, ninguém mais precisa se vacinar contra a varíola, porque já ela não ocorre naturalmente. A primeira vacina que se tem registro foi desenvolvida no século XVIII, para combater a varíola.


 

O sarampo pode ser mortal para crianças pequenas.(Foto: CDC/NIP/Barbara Rice)
Foto: CDC/NIP/Barbara Rice O sarampo pode ser mortal para crianças pequenas.

Sarampo: antes erradicada no Brasil, a doença retorna

 

Já o sarampo chegou a ser erradicado no Brasil, mas não no mundo inteiro. Por isso, as campanhas de vacinação contra a doença continuam existindo - já que pessoas de outros países podem trazer a doença para o Brasil. O problema é que a adesão brasileira às campanhas reduziu muito nos últimos anos. Todas as regiões do Brasil tiveram surtos de sarampo.

O sarampo pode ser mortal para crianças pequenas, por ter como complicações infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e doenças neurológicas. 

Se vacinar é um ato de saúde coletiva e carinho pelos outros. Só será possível combater a pandemia por meio da vacinação ágil e em massa. Lembre-se: vacinas salvam vidas, assim como o uso de máscaras correto e o isolamento social.

 

>> Fontes

Laura de Freitas, pós-doutoranda no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP)

Manual Noticiando Vacinas, organizado pela Agência Bori e Instituto Questão da Ciência, com apoio do Instituto Sabin e o Instituto Serrapilheira

 

>> Expediente

Edição Fátima Sudário e Regina Ribeiro | Texto Catalina Leite | Ilustrações e Infográficos Catalina Leite | Edição de arte Cristiane Frota

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