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Agregador de Pesquisas aponta: Lula 50% e Bolsonaro 44% de intenções de voto
Reportagem Seriada

Agregador de Pesquisas aponta: Lula 50% e Bolsonaro 44% de intenções de voto

Nas primeiras duas semanas, a diferença entre ambos caiu de 14 para 6 pontos percentuais. Porém, após a primeira metade da campanha para o segundo turno, o cenário passou a ser de estabilidade.
Episódio 24

Agregador de Pesquisas aponta: Lula 50% e Bolsonaro 44% de intenções de voto

Nas primeiras duas semanas, a diferença entre ambos caiu de 14 para 6 pontos percentuais. Porém, após a primeira metade da campanha para o segundo turno, o cenário passou a ser de estabilidade.
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Às vésperas do segundo turno das eleições gerais de 2022, Luís Inácio Lula da Silva (PT) chega a 6 pontos de vantagem sobre o candidato à reeleição e atual presidente da república, Jair Messias Bolsonaro (PL). Pelas regras eleitorais e caso as linhas de tendência do Agregador de Pesquisas O POVO se consolidem, o petista vencerá a disputa e irá para o seu terceiro mandato.

Ao longo dos últimos 27 dias, as oscilações foram muitas, principalmente nos 15 primeiros dias, pois mostraram o maior acirramento da disputa entre os dois candidatos. Enquanto Bolsonaro teve seu melhor desempenho ao longo de toda a campanha, saindo de 39% para 45% das intenções de voto, Lula oscilou negativamente, de 52% para 49%.

Nas primeiras duas semanas, a diferença entre ambos caiu de 14 para 6 pontos percentuais. Porém, após a primeira metade da campanha para o segundo turno, o cenário passou a ser de estabilidade. Na última quinta-feira, 27, o petista voltou a crescer ligeiramente, enquanto Bolsonaro perdeu ritmo.

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Lançado em maio deste ano, o Agregador de Pesquisa O POVO, localizado na seção de Interativos do O POVO Mais, reúne também estudos de Aprovação e Avaliação do Governo Federal, e pesquisas eleitorais para os cargos Senado e Governos estaduais, e traça uma linha de tendência de como os dados estão se comportando ao longo do tempo e não de previsão.
De janeiro até ontem, um total de 330 pesquisas para presidência da república foram inseridas na ferramenta, dessas 125 eram de âmbito nacional e apontavam Lula na liderança, em ambos os turnos. Para a eleição presidencial, o Agregador considera os estudos de oito institutos, são eles: Atlas Político, DataFolha, Data Poder, FSB, Ideia, Ipec, Ipesp e Quaest.
O segundo turno inicia hoje, às 8 horas, quando as urnas e as seções de votação devem ser abertas em todo o país, e segue até às 17 horas. A expectativa é que o país saiba quem será o novo presidente até às 21 horas deste domingo. O vencedor tomará posse no dia 1 de janeiro de 2023.  
 
 
 
 

Aumento da polarização e pouca movimentação

Com a proximidade das eleições, foram divulgados 35 estudos - entre segunda-feira, dia 24, e sábado, dia 29 - sendo 10 de âmbito nacional e os demais de abrangência estadual. Em todos os levantamentos nacionais, Lula esteve à frente de Bolsonaro. Entre as pesquisas divulgadas nos últimos seis dias, a vantagem do petista oscilou de 3 a 7 pontos percentuais. Já os votos Brancos, nulos e indecisos variaram entre 1.6% a 11%

Embora o embate entre o campo progressista e a extrema direita se repita pela segunda vez - em 2018, Bolsonaro travou uma disputa à presidência contra Fernando Haddad (PT) - nestas eleições o cenário, apesar de estável, mostra-se desfavorável para o Bolsonarismo.

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Para o pesquisador e docente da Fundação Dom Cabral, Bruno Carazza, essa estabilidade evidenciada pela ferramenta, é um reflexo da solidificação dos votos de ambos os candidatos, o que, para ele, também é complicador, no sentido de impossibilitar margens de articulação em outros estratos sociais, devido a alta rejeição de ambos.
“Como no primeiro turno já houve uma divisão grande do eleitorado entre Lula e Bolsonaro, sobrou pouca margem de manobra para cada um deles no segundo”. Porém, explica ainda que essa polarização impacta diretamente nos sentimentos de rejeição, que acabam por influenciar algumas camadas de eleitores a se posicionarem no segundo turno.
“Daí esse movimento que vocês captaram de crescimento de Bolsonaro no início (impulsionado pelo antipetismo) e depois estabilidade da diferença”, explica o pesquisador..
Quando o recorte da disputa presidencial vai para os cinco maiores colégios eleitorais (Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul), Lula está à frente apenas em dois, são eles Bahia e Minas Gerais, esse último um reduto histórico estratégico para vitória nacional. E Bolsonaro vence nos demais. 
 
 

Decisão no segundo turno acontecerá em 12 estados

Sobre os cenários para as disputas estaduais, a decisão ocorrerá hoje, em maior parte em estados do Nordeste (5), em seguida vem as regiões Norte, Sudeste e Sul , com dois estados respectivamente, e por fim uma decisão no Centro Oeste. O Agregador de Pesquisa O POVO monitora sete dessas unidades da federação, são elas: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

No maior colégio eleitoral do país, no caso São Paulo, a linha de tendência da ferramenta aponta vitória para o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) com 48% das intenções de votos. Já no Rio Grande do Sul, a ferramenta indica derrota de Onyx Lorenzoni (também apoiador de Bolsonaro) e a vitória do tucano Eduardo Leite.

 

 

 

50% reprovam governo Bolsonaro e 42% aprovam

A avaliação do governo de Bolsonaro (PL) teve queda no número de reprovação e aumento na aprovação, isso em comparação às últimas pesquisas no primeiro turno e ao avaliar a linha de tendência do Agregador de Pesquisas O POVO. A reprovação oscilou entre 56% para 51%, e a aprovação saiu de 38% para 43%.

 

 

 

METODOLOGIA

 

O Agregador de Pesquisas O POVO compila os resultados das sondagens divulgadas por diferentes institutos e aplica medidas estatísticas como médias simples, ponderada e móvel, o que permite avaliar as tendências apresentadas pelas pesquisas eleitorais a partir de uma perspectiva mais ampla.

O modelo desenvolvido pela Central de Jornalismo de Dados O POVO (DATADOC), considera, em dias com uma ou mais pesquisas, a média simples das pontuações do candidato. Para os dias subsequentes sem pesquisas registradas, atribuímos a pontuação do candidato no dia imediatamente anterior. Por fim, concedemos um peso referente ao número de cenários testados para o candidato em cada dia.

Dessa forma, as datas com mais pesquisas terão uma influência superior na etapa final e os resultados muito discrepantes, um impacto reduzido nas linhas de tendência do agregador.

Na etapa final, quando calculamos a média móvel ponderada dos últimos 15 dias, considerando as médias diárias e os pesos atribuídos nos passos anteriores — uma janela de tempo de 15 dias consegue minimizar o impacto de períodos com poucas pesquisas coletadas. Para saber mais detalhes, acesse a nossa página de metodologia.

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