Às vésperas do segundo turno das eleições gerais de 2022, Luís Inácio Lula da Silva (PT) chega a 6 pontos de vantagem sobre o candidato à reeleição e atual presidente da república, Jair Messias Bolsonaro (PL). Pelas regras eleitorais e caso as linhas de tendência do Agregador de Pesquisas O POVO se consolidem, o petista vencerá a disputa e irá para o seu terceiro mandato.
Ao longo dos últimos 27 dias, as oscilações foram muitas, principalmente nos 15 primeiros dias, pois mostraram o maior acirramento da disputa entre os dois candidatos. Enquanto Bolsonaro teve seu melhor desempenho ao longo de toda a campanha, saindo de 39% para 45% das intenções de voto, Lula oscilou negativamente, de 52% para 49%.
Nas primeiras duas semanas, a diferença entre ambos caiu de 14 para 6 pontos percentuais. Porém, após a primeira metade da campanha para o segundo turno, o cenário passou a ser de estabilidade. Na última quinta-feira, 27, o petista voltou a crescer ligeiramente, enquanto Bolsonaro perdeu ritmo.
Com a proximidade das eleições, foram divulgados 35 estudos - entre segunda-feira, dia 24, e sábado, dia 29 - sendo 10 de âmbito nacional e os demais de abrangência estadual. Em todos os levantamentos nacionais, Lula esteve à frente de Bolsonaro. Entre as pesquisas divulgadas nos últimos seis dias, a vantagem do petista oscilou de 3 a 7 pontos percentuais. Já os votos Brancos, nulos e indecisos variaram entre 1.6% a 11%
Embora o embate entre o campo progressista e a extrema direita se repita pela segunda vez - em 2018, Bolsonaro travou uma disputa à presidência contra Fernando Haddad (PT) - nestas eleições o cenário, apesar de estável, mostra-se desfavorável para o Bolsonarismo.
Sobre os cenários para as disputas estaduais, a decisão ocorrerá hoje, em maior parte em estados do Nordeste (5), em seguida vem as regiões Norte, Sudeste e Sul , com dois estados respectivamente, e por fim uma decisão no Centro Oeste. O Agregador de Pesquisa O POVO monitora sete dessas unidades da federação, são elas: Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
No maior colégio eleitoral do país, no caso São Paulo, a linha de tendência da ferramenta aponta vitória para o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) com 48% das intenções de votos. Já no Rio Grande do Sul, a ferramenta indica derrota de Onyx Lorenzoni (também apoiador de Bolsonaro) e a vitória do tucano Eduardo Leite.
A avaliação do governo de Bolsonaro (PL) teve queda no número de reprovação e aumento na aprovação, isso em comparação às últimas pesquisas no primeiro turno e ao avaliar a linha de tendência do Agregador de Pesquisas O POVO. A reprovação oscilou entre 56% para 51%, e a aprovação saiu de 38% para 43%.
O Agregador de Pesquisas O POVO compila os resultados das sondagens divulgadas por diferentes institutos e aplica medidas estatísticas como médias simples, ponderada e móvel, o que permite avaliar as tendências apresentadas pelas pesquisas eleitorais a partir de uma perspectiva mais ampla.
O modelo desenvolvido pela Central de Jornalismo de Dados O POVO (DATADOC), considera, em dias com uma ou mais pesquisas, a média simples das pontuações do candidato. Para os dias subsequentes sem pesquisas registradas, atribuímos a pontuação do candidato no dia imediatamente anterior. Por fim, concedemos um peso referente ao número de cenários testados para o candidato em cada dia.
Dessa forma, as datas com mais pesquisas terão uma influência superior na etapa final e os resultados muito discrepantes, um impacto reduzido nas linhas de tendência do agregador.
Na etapa final, quando calculamos a média móvel ponderada dos últimos 15 dias, considerando as médias diárias e os pesos atribuídos nos passos anteriores — uma janela de tempo de 15 dias consegue minimizar o impacto de períodos com poucas pesquisas coletadas. Para saber mais detalhes, acesse a nossa página de metodologia.
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