O estado do Ceará há décadas vem se destacando economicamente pela continuidade dos projetos de desenvolvimento econômico e pela diversidade de atividades – comércio, serviços, turismo, indústria, agronegócio, energias renováveis, entre outras - que vêm dando certo, independentemente das trocas de comando do poder executivo local.
Desta forma, hoje, Fortaleza tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste e o 11º maior do Brasil, segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB da capital cearense é de R$ 65,16 bilhões, o equivalente a 39,04% do Ceará. Se forem consideradas apenas as capitais, Fortaleza ocupa a oitava colocação no País. As sete primeiras posições são de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba e Porto Alegre, respectivamente.
Mas o fato é que a capital cearense teve um avanço significativo ao longo dos últimos 18 anos, pois em 2002, era a décima no ranking dentre as cidades chefes dos estados, com participação de 0,9% no PIB nacional. E é muito antes disso que O POVO já acompanhava a estruturação e os primeiros passos dessa ascensão econômica.
A jornalista Beatriz Cavalcante, editora-chefe de Economia do O POVO, cita entre alguns exemplos para relembrar os primórdios do comércio, movimentado pela importação de produtos e pelos caixeiros viajantes.
O jornal acompanhou desde a chegada da energia elétrica, advento alinhado com a modernidade e as indústrias, à época voltadas para a produção de óleo, sabão, calçados, açúcar, fumo, fios e tecidos derivados do algodão.
Ela frisa que veio também do O POVO o apoio para a criação de diversas entidades, seja ativamente ou por meio de cobertura, como a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), a Câmara Dirigente Lojistas (CDL) de Fortaleza e a Associação dos Jovens Empresários (AJE). "Todas elas estão na história do O POVO e do Ceará."
“O POVO é uma instituição típica do cearense, com uma linguagem genuinamente cearense e feita para o cearense, mas o mundo todo lê e toma conhecimento das notícias. Também é uma instituição de alta credibilidade: o que O POVO publicar, pode ter certeza de que aconteceu ou que está para acontecer.
Tem ainda um time de profissionais altamente qualificado. Eu mesmo, inclusive, sou articulista e adoro escrever para o jornal. Confesso que todo o varejo, ou seja, nós lojistas damos muito valor e acreditamos no conteúdo publicado, seja nos artigos, nas matérias e nas reportagens.
No papel que ele exerce de informar, O POVO ainda ensina a ler. Digo isso porque eu e minha irmã, por exemplo, aprendemos a ler com a minha mãe por meio do jornal. E é justamente por isso que digo que O POVO tem esse papel que vai além da comunicação, uma vez que ele entra na casa das pessoas para levar não apenas informações. Acima de tudo, O POVO promove educação e conhecimento de qualidade para toda a sociedade!”
Assis Cavalcante, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza
Bem como as notícias do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) para incentivar a vinda de indústrias para o Estado, com o financiamento parcial do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) momento de expansão do setor industrial.
Para o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, credibilidade é a palavra que melhor define a longevidade do O POVO. À frente de importantes agendas econômicas e industriais do Ceará, ele ressalta que, desde a sua fundação “o jornal exerceu com maestria o democrático papel de instrumento de informação e debate das ideias modernizadoras que trouxeram o Ceará aos dias atuais, tendo testemunhado e registrado para a história todas as grandes transformações econômicas, sociais e culturais vivenciadas pelo Ceará, o Brasil e o Mundo.”
O titular da Fiec ainda acrescenta que, no percurso, o jornal soube se manter contemporâneo e superar os desafios impostos pela diversidade e celeridade das mudanças econômicas, sociais, tecnológicas e culturais em curso no mundo, mantendo as suas estruturas operacionais atualizadas e adequando seu parque industrial às novas tecnologias, de modo a permanecer relevante nas mais diferentes mídias surgidas.
Ao completar 95 anos, em sua visão, O POVO, permanece jovem, conectado às mudanças, e com o mesmo entusiasmo “dos tempos de Demócrito Rocha e Paulo Sarasate (1908-1968 foi redator, revisor, repórter, noticiarista, diagramador e braço direito de Demócrito), da personalidade forte de Creuza Rocha, da singularidade de Albanisa Sarasate, do senso crítico de Demócrito Dummar, legados tão bem preservados e cultuados pelos bisnetos do fundador, a atual presidente, Luciana Dummar, e o presidente-executivo, João Dummar Neto, que seguem firmes no propósito de defender a informação como um bem essencial à sociedade e um direito inalienável do cidadão”, finaliza.
Essas lembranças são compartilhadas também pelo economista Raimundo Padilha, que vivenciou grandes momentos da cobertura econômica do O POVO no Ceará e, principalmente, a criação de grandes produtos que valorizavam e valorizam o que o Estado tem de melhor.
Padilha reforça que O POVO, atualmente o único grande jornal impresso no Ceará, tem uma história marcada por grandes acontecimentos. A presença de um jornal se faz pelo seu tempo cronológico, pela sua idade, mas também se faz pela sua equipe e pelos seus talentosos jornalistas".
“Quero agradecer o senhor Demócrito, em nome do O POVO, ter sido foi um dos fundadores e proporcionado, junto ao Carlos Fujita, um movimento que desenvolve novas lideranças que há mais de 33 anos. Quantos grandes líderes foram formados, secretários, grandes empresários.
Realmente O POVO vem dando essa continuidade, toda essa comunicação e expressando para sociedade, o que a AJE é e o que ela pode fazer para que cada vez mais a gente possa alcançar novos jovens para que eles sejam capacitados.
E, também, o quanto o jornal cobre assuntos de economia que são muito importantes para que possamos sempre estar antenados e vendo as notícias à frente para podemos nos organizar e nos precaver de qualquer coisa. Muito importante essa ligação entre o Jornalismo e economia para que possamos agimos da melhor possível num País que é tão desafiador empreender”
George Martins, coordenador geral da Associação dos Jovens Empresários (AJE) de Fortaleza
E, segundo ele, O POVO combina essas duas cronologias. “Ele tem uma dupla idade. 95 anos realmente se constitui bastante tempo e tem uma equipe valorosa, de muita força, de muito talento e que isso agrega muito valor para os seus leitores ”.
Ele conta que tem 86 anos e quando nasceu o jornal tinha quase 10 anos, mas ele se recorda perfeitamente da quantidade de jornais que existiam em Fortaleza no fim da década de 50 e início da de 60.
“O POVO esteve presente nesses 95 anos nos grandes acontecimentos do Ceará e a história conta que ele, tendo sido fundado por um intelectual, um homem de letras, um grande jornalista, teve um papel marcante desde a sua fundação”, afirma.
Depois rememora Paulo Sarasate e Albanísia, sua esposa, e o seu sobrinho Demócrito Dummar com quem conviveu mais de perto e acentua o excelente trabalho que ele fez para o jornal.
Demócrito Dummar tinha uma participação ativa na sociedade e se dizia, em tom de prosa, que ele tinha o dom de estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. "Ele participava das grandes reuniões econômicas, políticas, sociais e tinha uma penetração fácil. Não era um uma presença apenas numérica, ele tinha participação ativa com ideias, com vibração firme que ele era possuidor”, enaltece o economista Raimundo Padilha, comentando sobre o entusiasmo no pacto de cooperação do Ceará.
O economista cita também a passagem das dificuldades financeiras resolvidas prontamente por Demócrito com a emissão de debêntures, que contou com auxílio de empresários da época. “Assim o jornal saiu daquela dificuldade e pôde respirar melhor e ampliar a sua linha jornalística e radialista, chegando a ter inclusive canal de televisão”, diz.
Outra passagem que Padilha teve com Demócrito foi quando esteve como titular da Bolsa de Valores do Ceará e foi provocado por ele para dar prosseguimento ao projeto iniciado pela Revista Visão sobre grandes nomes da Economia, adaptando os estudos para um órgão local pesquisar as melhores e as maiores empresas do Ceará.
Delmiro Gouveia e GPTW
Dessa iniciativa veio o Prêmio Delmiro Gouveia que "funcionava como um certificado dado a credibilidade das empresas que tinham os seus resultados divulgados. O POVO era o grande baluarte nesse projeto em parceria com a Bolsa. Com a dissolução da Bolsa o jornal ficou exclusivamente com o projeto e agora ele sofreu uma parada agora”, comenta.
O POVO também tem outro trabalho citado por Padilha que é as Melhores Empresas Para se Trabalhar no Ceará, projeto gestado em São Paulo, inicialmente, com a revista Exame. Depois de passar pela Universidade de São Paulo (USP) e pela revista Época, o jornal O POVO fez parceria com o GPTW - Great Place To Work.
“É um projeto de longo alcance e de muito interesse porque faz com que as empresas sejam reconhecidas e avaliadas pelos seus próprios funcionários. Isto para o mercado é muito bom, porque se a empresa é reconhecida como uma das melhores para se trabalhar significa que ela é uma boa prestadora de serviço e que ela desenvolve bons produtos, isso é uma grande colaboração que o jornal dá a economia do Estado”, explica o economista.
Anuário
Uma grande contribuição também do jornal para o setores econômico e político do Estado é o Anuário do Ceará, centenário ele vem de muito tempo e na evolução ele terminou ficando no ambiente do jornal O POVO.
"Hoje, dirigido pelo Jocélio Leal, ele é um grande documento que retrata com números e com a força da sua avaliação porque conta com uma equipe do mais alto nível e retrata o Ceará a cada ano. Passa pelos diversos setores: primário, secundário e terciário e por serviços e segue a linha geopolítica. É um documento muito rico em informações", afirma Padilha.
O jornal também edita um Guia de Investimentos que, segundo o economista Raimundo Padilha, é uma contribuição muito grande do Ceará para o mundo. "O documento é feito no Ceará e, inicialmente, cobrindo os estados do Nordeste. Ele é distribuído nas embaixadas e em escritórios comerciais do Brasil, permitindo visibilidade para que possam ser atraídos investimentos para o Ceará e para os estados do Nordeste. É uma grande contribuição", diz Padilha.
Outro que também está na lista do economista é o Universidade Aberta que levou muitos temas valiosos, por meio de aulas, nas páginas do jornal.
"Com a morte do Demócrito não houve dissolução do jornal, pois houve continuidade sem prejuízos já que ele havia preparado sua sucessão. Luciana, Dummar Neto e João foram preparadas através de escritórios especializados para ocupar a sucessão no jornal. Isso é um fator relevante, pois qualquer grande empresa quando o seu titular desaparece pode ser descontinuada, mas no jornal isso não aconteceu, pois os filhos tomaram à frente de todo o sistema de comunicação de maneira firme", analisa Padilha.
O POVO também participou e incentivou bandeiras no segmento dos transportes do Ceará, entre eles o desenvolvimento do Porto do Mucuripe, em Fortaleza e chegadas de novas rotas aéreas ligando diretamente o Ceará e o Mundo, ambas ações contribuem não apenas para o turismo, mas para o desenvolvimento e fortalecimento da economia como um todo.
O atual diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Senai Ceará e, recorda-se do período que trabalhou na companhia Docas do Ceará.
"O Grupo O POVO de Comunicação teve uma participação importante na cobertura das ações estratégicas do Porto do Mucuripe"
Holanda iniciou lá em 2007 como diretor de Infraestrutura e Gestão Portuário e em 2011 assumiu a presidência até 2014. Entre as notícias publicadas das ações da época estão: Triplicação da quantidade de tomadas para contêineres frigoríficos; modernização da iluminação industrial do porto, do abastecimento de água e esgoto, do sistema de combate a incêndio; construção de um novo armazém de carga geral; e aumento de 40 mil metros quadrados de área para carga geral.
Outras ações também tiveram destaque como dragagem do canal, da bacia e dos berços do porto; derrocagem de dois berços de atracação; recuperação das tubo vias do Pier Petroleiro e da estrutural do cais comercial; Implantação de um sistema de segurança moderno e uso da tecnologia CFTV, scanner para contêiner; entre outas publicações.
O diretor do Senai guarda com carinho cada aparição em matérias do O POVO.
E não foi somente o Porto de Fortaleza que o jornal acompanhou. O equipamento localizado no Pecém, de administração do Governo do Ceará, teve inúmeros registros de análises e artigos.
Beatriz Cavalcante, editora-chefe de Economia do O POVO, lembra que o jornal acompanhou as expansões do terminal marítimo, passando por gestões diversas como dos políticos Tasso Jereissati, Cid Gomes e Camilo Santana.
"O acompanhamento jornalístico é essencial para a sociedade entender o que foi prometido e como se dá ou não o avanço de obras tão importantes e estruturantes para o Ceará, que impactam toda uma cadeia produtiva ao redor, com geração de emprego e renda. Exemplo ainda foi a impantação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), constituída em 2008, e em 2022 a produção da primeira molécula de hidrogênio verde para o hub de H2V que se desenha no Estado."
Adalberto Febeliano, vice-presidente na Modern Logistics e especialista em aviação, acredita que o grande momento do Ceará na aviação foi o início dos voos regulares ligando Fortaleza diretamente à Europa.
“Até então era muito difícil atrair turistas europeus para o Ceará - 12 horas de voo até o Rio mais 3 horas de voo até Fortaleza, 15 horas no total, fora o tempo de espera no solo”, recorda-se.
A pandemia pode até ter atrasado um pouco o desenvolvimento turístico da região, mas no médio e longo prazo veremos resultados muito significativos, o especialista analisa. Febeliano confirma que O POVO colaborou com a divulgação deste grande marco cearense.
"Os órgão de imprensa tiveram papel muito importante na divulgação desse fato, senão somente os europeus saberiam da nova ligação. Foi fundamental que toda população tivesse acesso a essa informação, podendo preparar-se para atender aos novos turistas"
“O POVO leva informação de qualidade aos cearenses em todas as regiões do Estado, seja por meio do rádio, jornal impresso ou plataformas digitais. É a prática diária de um jornalismo comprometido com a boa cobertura dos fatos, sobretudo na política, detalhando as ações que geram impacto na vida da nossa gente. Papel fundamental na defesa da democracia para o Ceará e para o Brasil. Parabenizo a todas e todos que fazem o dia a dia do Grupo O POVO pelos seus 95 anos.”
Camilo Santana, ministro do Ministério da Educação (MEC) e ex-governador do Ceará
Em tanto tempo de Jornalismo, imparcialidade sempre foi a premissa da linha editorial que segue independente da posição institucional do periódico sempre que necessário
Tantos fatos políticos passaram: mudanças em regimes políticos no Brasil e no mundo, Constituição Federal Brasileira e revoluções. Golpe militar, implantação do Estado Novo, Diretas Já, democracia.
Guerras mundiais, transformações políticas e mudança de governos municipais, estaduais e federais, criação da Convenção de Genebra, Fundação da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Conselho de Direitos Humanos.
Estes são apenas alguns exemplos dos temas retratados nestes 95 anos de O POVO nas páginas do jornal, online, rádio e mídias sociais.
Sempre com exposição de todos os lados envolvidos para que o leitor pudesse, com as informações noticiadas, criar o seu próprio valor de juízo em situações do dia a dia.
Os assuntos diversos vão da Taxa do Lixo municipal à Guerra Russo-Ucraniana, que interveio em todo o mundo com falta de produtos e aumentos de preços no ano passado.
Mas para além de retratar os fatos, O POVO também é reconhecido pelas análises dos colunistas que contam os bastidores local e nacional antecipando muito do que se torna oficialmente público dias depois.
Para o cientista político Cleyton Monte, os 95 anos do Jornal O POVO são um marco na imprensa cearense.
"O Jornal marcou na cobertura de guerras mundiais e mudanças socioeconômicas, transformações políticas, mudanças de governo e tudo isso de uma forma independente, clara, coerente, atendendo aos interesses da população de uma forma profissional, séria, equilibrada”, resume.
Ele avalia ainda que é muito bom saber que a sociedade cearense, e agora o mundo com a versão virtual, com a plataforma, com os diversos produtos do Grupo O POVO, tem acesso não apenas ao noticioso, mas à análise, ao comentário, à crítica e à pluralidade. “Eu acho que a pluralidade que acompanha o jornal nesses 95 anos é o grande diferencial”, destaca Monte.
"Basta a gente analisar a presença do Jornal O POVO nos grandes acontecimentos que ocorreram no Ceará, no Brasil e no mundo no último século", diz.
“O trabalho do Grupo de Comunicação O POVO ao longo de todos estes anos tem papel fundamental na defesa da democracia para o Ceará e para o Brasil. Para além do fazer jornalístico, constitui-se como espaço que preza pela cidadania e pela ética, atuando na defesa da boa prestação de serviço por meio da informação. Parabenizo o Grupo de Comunicação O POVO pelos 95 anos de história”
Izolda Cela, secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC) e ex-governadora do Ceará
O POVO nasceu, justamente, com um compromisso bastante claro. Se voltarmos na história, o diretor de Jornalismo, Erick Guimarães, que também já foi editor de Política, lembra que na essência o jornal é de resistência e oposição às oligarquias locais. "Um forte compromisso com a democracia, com o progresso do estado do Ceará e com o povo do Ceará", diz.
Não à toa que o Grupo escolheu O POVO como nome e na primeira logomarca do jornal a letra P formava um chicote. "Isso é muito simbólico do que o jornal se propõe a ser a voz e reação dura contra essa estrutura oligárquica que reinava no Ceará”, conta o diretor, explicando que o Estado à época era muito autoritário e as reportagens funcionavam como uma defesa contra a força bruta.
O "chicote" da logomarca foi deixado de lado pouco depois, mas o rigor na defesa de seus valores, não. Definidos ao longo dos 95 anos do Grupo, eles foram agrupados em 1989 na Carta de Princípios, que define posições sobre temas como Democracia; Justiça; Liberdade; Ética; Regionalidade; Cultura, Educação; e Modernidade. Também aborda a política e se apresenta como veículo de informação e órgão de opinião, sempre com fidelidade aos fatos.
E com esses princípios no seu DNA, O POVO logo se transformou em espaço privilegiado de debates e formação de opinião pública.
Na notícia, acompanhou, por exemplo, a ascensão de mais de 30 governadores do Ceará. Fortificou-se no campo da opinião se transformando em um espaço livre para a troca de ideias, de onde, inclusive, surgiram inúmeras lideranças públicas.
Uma característica muito forte do jornal quando se fala de política é que O POVO compra bandeiras. Assume certas causas que são transversais, são da e para a população.
"Não estou falando agora de causa de um partido político, é o contrário, são as que podem questionar muito desses partidos", diz Erick Guimarães, diretor de Jornalismo do O POVO.
“Sinônimo de excelência no jornalismo, inovação e modernidade, por muitas décadas, O POVO continua sendo leitura diária de milhares de cearenses. Conhecer a trajetória e a evolução do O POVO é entender a nossa história e seus mais importantes acontecimentos.
Desde sua fundação até os dias atuais, esse veículo de comunicação foi e continua sendo importante para a sociedade cearense. Além de informar, O POVO tem o papel de educar e ser palco para diversas transformações sociais ocorridas ao longo desses 95 anos.
É a prática do bom jornalismo, a capacidade de entender as mudanças na sociedade e esse perfil de pluralidade, característica que o tornou referência na promoção de debates e no lançamento de ideias, fundamentais para atravessar o tempo e suas transformações, que nos garantem essas quase dez décadas de vida, e que o levará ao futuro pelos anos que virão. Parabéns!”
Elmano de Freitas, governador do Ceará
Essas bandeiras estão previstas como base na carta de princípios do periódico, como a defesa da democracia, dos direitos humanos, da regionalidade, da ideia da modernidade estética e da modernidade cultural.
O jornal não usa a palavra neutralidade e sim a palavra imparcialidade. É a ideia de respeito com a pessoa com quem está dialogando.
"Além desses princípios, O POVO assumiu algumas bandeiras ao longo de sua história. Como, por exemplo, a bandeira da criação de uma universidade federal no Estado e com o apoio do jornal surgiu a Universidade Federal do Ceará (UFC)."
“O conteúdo de qualidade veiculado pelo O POVO traz a marca registrada de uma imprensa livre, sempre com respeito às instituições e à democracia, colaborando para a construção de justos debates em prol de uma sociedade melhor e que caminha rumo ao seu pleno desenvolvimento.
Em tempos de combate às fake news proliferadas por meio das redes sociais, torna-se ainda mais indispensável o fortalecimento e a defesa do trabalho desempenhado pela imprensa.
Com jornalismo sério, de apuração criteriosa, O POVO em seus 95 anos exerce um fundamental papel de levar informações seguras ao povo cearense e, assim, fortalecer a nossa democracia.”
Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará
Outra frente que o jornal foi agente político foi na criação do Banco do Nordeste para engajar o desenvolvimento econômico da Região. Também foi contundente na questão da transposição do Rio São Francisco, porque entendia que era necessário garantir a segurança hídrica do Ceará.
“O POVO defendeu vários aspectos do Estado e do Nordeste em defesa de várias políticas públicas para serem criadas, aprimoradas ou extintas. O jornal sempre teve esse posicionamento político. E mesmo o seu posicionamento institucional não contamina esse posicionamento editorial e do noticioso. Isso sempre ficou claro dentro da redação”, frisa.
Já o atual editor de Política e colunista, Érico Firmo, confirma que O POVO é testemunha das grandes transformações do Brasil ao longo da República.
Desde a política do Café com Leite, a revolução de 1930, ditadura do Estado Novo, a morte de Getúlio Vargas, a era JK, o golpe de 1964, à anistia até a reabertura política e os percalços desde então na tentativa de consolidar a democracia.
Érico reforça que nestes 95 anos as transformações do próprio Jornalismo foram expressas a partir de um "Jornalismo engajado até a profissionalização das técnicas e uma perspectiva apartidária.”
“O POVO atinge a incrível marca de 95 anos de muito serviço social prestado a nossa cidade, através da sua linha editorial construída com imparcialidade, competência e seriedade. Trabalho esse coroado com excelência em noticiário da nossa imprensa escrita e, por isso, na política não seria diferente, promovendo o debate plural no fortalecimento à democracia”.
Gardel Rolim (PDT), presidente da Câmara Municipal de Fortaleza