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Sem Phelps e Bolt, quem são os principais candidatos a estrelas das Olimpíadas de Tóquio
Reportagem Seriada

Sem Phelps e Bolt, quem são os principais candidatos a estrelas das Olimpíadas de Tóquio

Com as aposentadorias de Michael Phelps e Usain Bolt, O POVO lista os principais candidatos a estrelas da Tóquio-2020. E tem Time Brasil na lista
Episódio 10

Sem Phelps e Bolt, quem são os principais candidatos a estrelas das Olimpíadas de Tóquio

Com as aposentadorias de Michael Phelps e Usain Bolt, O POVO lista os principais candidatos a estrelas da Tóquio-2020. E tem Time Brasil na lista
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A Olimpíada de Tóquio marca a primeira vez, desde Atenas-2004, que os fãs dos esportes olímpicos não vão ver em ação dois gigantes símbolos dos Jogos deslizando sobre as águas ou pistas de atletismo. Com status de lendas, o norte-americano Michael Phelps e o jamaicano se despediram da competição na Rio-2016 e deixaram enorme lacuna de protagonismo para ser preenchida.

O lugar vazio deixado pela dupla será oficialmente ocupado em Tóquio. Com a ajuda do jornalista especializado em esportes olímpicos e editor do blog Laguna Olímpico, Marcelo Laguna, O POVO traz os principais candidatos a grande estrela da atual edição destas Olimpíadas (e das próximas).

Usain Bolt é um dos maiores atletas da história dos Jogos Olímpicos (Foto: AFP)
Foto: AFP Usain Bolt é um dos maiores atletas da história dos Jogos Olímpicos

Favorita absoluta ao título simbólico de "craque da Tóquio-2020", a norte-americana Simone Biles, 24, desembarca em Tóquio para aumentar a coleção de medalhas na ginástica e fazer história em território japonês. A princípio, ela chega como a maior estrela da atualidade no âmbito de esportes olímpicos pelo talento e carisma, domínio na modalidade e pela bagagem em Jogos. Na Rio-2016, o fenômeno de 1,42m explodiu para o mundo ao conquistar quatro ouros e um bronze. A ginasta mira o recorde de Larisa Latynina, que somou 18 pódios pela União Soviética em três participações.

"Desta edição é a Simone Biles. É protagonista por vários aspectos técnicos e de imagem. Ela é um ídolo. Vem se impondo a desafios, colocando novos movimentos e elementos em suas séries", analisou Marcelo Laguna.

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Em patamares abaixo na corrida pelo protagonismo, mas tão talentosos quanto Biles, fenômenos de outras modalidades esperam se consagrar na Tóquio-2020. O principal representante brasileiro é Gabriel Medina — polêmicas à parte. Maior nome do surfe atual, o paulista de 27 anos pode dar salto gigantesco na carreira se garantir o ouro na estreia do esporte nas Olimpíadas em meio à projeção que o torneio traz.

Bicampeão mundial de surfe (2014 e 2018), sendo o primeiro brasileiro a conquistar um título na elite do esporte, ele chega ao Japão como o líder do Circuito na temporada 2021. Junto a Medina, outro brasileiro está de olho na medalha de ouro e no protagonismo nos Jogos. O potiguar Ítalo Ferreira, 27, é o principal concorrente do paulista, campeão da última edição da Liga Mundial de Surfe e atual número dois no ranking.

"Dois caras referências mundiais. Eles já são realidade do esporte mundial. A Olimpíada pode impulsionar ainda mais o tamanho desses caras. São carismáticos e têm histórico de conquistas. São nomes para ficarmos atentos", alerta Laguna.

Na piscina, são dois os mais fortes candidatos ao protagonismo após a aposentadoria de Phelps. São os norte-americanos Caeleb Dressel, 24, e Katie Ledecky, 24, principais nomes da atualidade no esporte. Multicampeão, o nadador espera ultrapassar os dois ouros que conquistou na Rio-216 e é favorito nas provas individuais e de revezamento. A nadadora especialista em provas de longas distâncias já subiu cinco vezes no lugar mais alto do pódio em Olimpíadas, é detentora de recordes mundiais e quer quebrar novas marcas em Tóquio. Ledecky há anos praticamente só compete contra os próprios melhores tempos.

"São os dois nomes mais relevantes. Com certeza, eles vão atrair fãs e bater recordes individuais", pontou o jornalista.

 

"Esses novos nomes, com exceção da Biles, não têm o carisma do Bolt e Phelps. Vamos ter que entender essa nova ordem. Isso não significa que não veremos novos ídolos carismáticos surgindo. A Olimpíada tem esse poder de transformar comuns em grandes ídolos" Marcelo Laguna.

 

Com a despedida de Bolt na Rio-2016, o atletismo ficou órfão de uma estrela no comparativo técnico e de imagem em relação ao jamaicano. "Têm estrelas brilhantes, mas não na mesma grandeza. Um deles é Armand Duplantis", ressalta o editor do blog Laguna Olímpico.

O sueco de 21 anos é um fenômeno do salto com vara e quebrou recorde mundial que durava 26 anos ao saltar 6,15m. Além de "Mondo", o norueguês Karsten Warholm, 25, está na briga para ser a principal estrela do atletismo pós-Bolt. Ele quebrou o recorde dos 400m com barreira, que já durava 30 anos, e não perde uma disputa desde 2019.

"Esses novos nomes, com exceção da Biles, não têm o carisma do Bolt e Phelps. É algo que vamos ter que entender essa nova ordem. Isso não significa que não veremos novos ídolos carismáticos surgindo. A Olimpíada tem esse poder de transformar comuns em grandes ídolos", afirmou Marcelo Laguna.

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