
Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico
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A conquista do Oscar por "Ainda Estou Aqui" demonstrou o quanto o brasileiro tem ido ao cinema nos últimos anos, impulsionando o mercado de exibição, que vive o melhor momento desde a pandemia de Covid-19. No Ceará não é diferente. A quantidade de salas de cinema em atividade é a maior dos últimos 11 anos.
Espaços de oferta cuja demanda se mostra crescente, uma vez que o filme ganhador do Oscar de melhor filme internacional já é a terceira maior bilheteria da história do Brasil. Mas o peso local é apenas 3,16% das 3.509 salas em funcionamento no País.
Os números, apurados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), consideram apenas salas comerciais e não itinerantes e não surpreendem pelo volume. São 111 salas abertas hoje, no Ceará, contra 82 que resistiram em 2020 e outras 77 de 2014 - último período com dados disponíveis.
Fortaleza concentra a maioria. Veja onde há cinemas no Ceará:
A Capital, inclusive, perdeu salas nesse período com a saída da rede Arcoplex dos shoppings Aldeota, Pátio Dom Luís e Del Paseo - único a reaver a operação com o Grupo Cine. Inclusive, exceto pelo Cineteatro São Luiz, o qual está fora da conta da Ancine, e o Cine Dragão do Mar, todas as demais salas localizadas no Ceará são em shoppings/centro de compras.
Na prática, isso faz do filme uma experiência de consumo menor ao invés de ser o evento principal que motiva a pessoa a sair de casa. Porém, torna-se uma estratégia acertada de atrair audiência para ingressos cada vez mais caros.
O preço é um dos principais desafios do setor. Mesmo com estratégias de barateamento, como meia entrada em dias específicos e programas de fidelidade, o custo do ingresso e os serviços agregados (pipoca e refrigerante, principalmente) estão além para uma população de baixo poder aquisitivo.
Mais um gargalo é a oferta dos filmes. As grandes distribuidoras dominam o circuito de exibição e filmes nacionais, com os quais a população poderia ter interesse de ver pela identificação com as histórias e a familiaridade com o elenco, são relegados a poucas salas e temporadas de exibição curtíssimas.
Pontos que merecem atenção de toda a cadeia produtiva do cinema. Afinal, o momento é o ideal para fazer da conquista do Oscar um impulso para melhorar toda as etapas do mercado de audiovisual brasileiro.
O Senado disfarçou o aumento de gastos promovido na última semana com a adoção da escala 4x3 para parte de funcionários - os quais ainda podem vender os dias caso queiram trabalhar. A canetada foi dada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), às vésperas do Carnaval e faz com que o "cotão", cota para gastos parlamentares, fique 65% maior, com limite de R$ 52,7 mil.
Isso gerou um impacto de R$ 4,9 milhões para o Senado e ridiculariza a realidade brasileira de menos gastos públicos. Demonstra o quanto a Casa está descolada dos principais objetivos, sem compromisso com as contas públicas e retira qualquer moral de Alcolumbre para cobrar o Executivo por medidas de contenção.
O governo deveria socorrer a Aeris, diz o economista Alex Araujo em artigo publicado no LinkedIn. "A empresa representa um ativo estratégico para o Brasil no domínio da cadeia produtiva da energia eólica, setor essencial para a transição energética e a soberania da indústria do País", justifica. A Aeris sofre com a concorrência da chinesa Sinoma Blade e vem tendo que demitir funcionários nos últimos anos.
bilhões de dólares foi o valor de venda da Telecom Argentina, de propriedade da espanhola Telefónica. A operação dá seguimento ao desinvestimento da companhia, cujo foco deve ser em Espanha, Alemanha, Reino Unido e Brasil. Aqui, a empresa é dona da Vivo, que tem a liderança dos mercados de telefonia móvel no País e no Ceará.
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