
Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico
Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico
O Ceará tem sido o alvo preferido para a abertura de bets no Nordeste nos últimos dois anos, quando teve 126 empresas do tipo entrando em atividade e um total de R$ 126,3 milhões em capital social aplicado. Os números compilados pela datatech BigDataCorp a pedido desta coluna demonstram que o movimento contrário a este setor não foi suficiente para barrar a expansão.
Ao contrário. A partir dos números da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) registrados na criação de novos Cadastros Nacionais da Pessoa Jurídica (CNPJs), observou-se um crescimento de 153% destes negócios no período, totalizando 2.270 bets em atividade no Brasil.
Motivo de alerta pelos órgãos de saúde pública e de atenção por setores econômicos, as apostas preocupam devido ao risco de estimular o vício em jogos e o comprometimento da renda das famílias pelo aumento do endividamento.
As ativações e o registro no CNAE das apostas esportivas, no entanto, não garantem legalidade ao negócio. Para operar, as bets precisam de autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda. Isso se faz mediante ao pagamento de R$ 30 milhões e o desconto de 12% sobre o lucro líquido, em impostos, após a operação.
Cada empresa autorizada fica obrigada a usar o domínio .bet na internet, como forma de assegurar aos usuários a regularização e evitar que eles caiam em golpes em empresas fraudulentas e/ou irregulares. Regras ativadas no ano passado após a legalização feita e sob protesto de inúmeras entidades. A promessa, na época, era de assegurar ganhos à sociedade a partir da operação dos jogos - similar ao que acontece com a Loteria Federal. Mas, pelo menos no Ceará, sequer o impacto econômico foi observado até agora.
"Em outras palavras, o Ceará lidera o Nordeste em número de bets, mas ainda investe relativamente pouco em cada empresa. Há espaço para aumentar o tíquete médio de capitalização, aproximando-se do patamar dos vizinhos nordestinos com maior aporte médio (como a Paraíba, com cerca de R$ 6,3 milhões, e Pernambuco, com R$ 4,8 milhões) e, sobretudo, da referência nacional (o Distrito Federal, com R$ 19,1 mi e São Paulo, com R$ 16,1 milhões)", diz a pesquisa.
Isso faz com que o Ceará caia para a 5ª colocação no Nordeste em capital total aplicado. Apesar de os recursos declarados serem bem menores que as vistas nos grandes centros urbanos no País, as regiões Norte e Nordeste, aponta o estudo, concentram o maior número de empresas abertas (37,34%).
"Existe uma combinação de mercado e oportunidade. De um lado, pessoas de renda mais baixa são, mesmo que indiretamente, o público-alvo dessas empresas, e esses estados concentram essa população. Do outro lado, a oportunidade de entrar em um mercado em crescimento e inexplorado era praticamente irresistível", mensura Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp.
A pesquisa não trata das polêmicas nas quais as bets estão envolvidas - sendo alvo de CPIs e tendo figuras públicas convocadas para falar de anúncios e relações com as apostas -, mas ajuda a entender o negócio. O que é essencial para reduzir os riscos já alertados de mais pessoas viciadas em jogos e mais famílias endividadas no País.
A decisão de compra de um imóvel pelos consumidores do Nordeste tem nas características do imóvel (33%) e na segurança da região (32%) os elementos cruciais, segundo aponta o Panorama Imobiliário do Mercado Secundário, estudo realizado pelo Grupo OLX com usuários das plataformas ZAP e Viva Real. Homens (54%) são maioria dos compradores, cuja maioria pertence à geração X (53%), é casada (61%), tem filhos (68%) e animais de estimação (59%).
Quando o objetivo é locação, "os principais critérios para escolha de residência são a proximidade do trabalho (28%) e a segurança da região (28%)." Neste caso, o perfil mais comum é de mulheres (59%), 50% fazem parte da geração X, 49% são casados, 62% têm filhos e 57% não possuem pets.
mil usuários ativos estão no site Se Liga na Leitura. A iniciativa da Livraria Leitura tem em influenciadores, que recebem caixas personalizadas de livros para resenha, a tentativa de aproximar novos públicos. Lançado em abril, o site conta com 14 mil eventos que levam os usuários ao negócio da empresa, que encerrou 2024 com 121 lojas cujo faturamento teve nos livros 62% do volume.
Com aporte de R$ 10 milhões, a Unimed Fortaleza, e a M7 Soluções financeiras lançam hoje, 21, a fintech Unimed Soluções financeiras. Criada para atuar na oferta de crédito e serviços financeiros no setor de saúde, a empresa será apresentada em evento para convidados no Restaurante Illa Mare, em Fortaleza, às 19h.
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