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Corredor entre Pecém e Roterdã deve movimentar 0,58 megatonelada/ano de H2V
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Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Corredor entre Pecém e Roterdã deve movimentar 0,58 megatonelada/ano de H2V

Estudo da Aurora Energy Research projeta que produção brasileira do combustível pode atender às importações da Holanda até 2030
Tipo Opinião
Corredor verde foi idealizado entre o Porto de Roterdã e o Porto do Pecém para escoar a produção do hub projetado no Ceará (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Corredor verde foi idealizado entre o Porto de Roterdã e o Porto do Pecém para escoar a produção do hub projetado no Ceará

O Ceará foi destacado no mais novo estudo da Aurora Energy Research, que aponta o Estado como o mais competitivo do Brasil quando o assunto é hidrogênio verde (H2V). Alvo do levantamento, o corredor verde entre o Nordeste brasileiro e a Holanda tem potencial de atender a importação do país europeu até 2030.

"A análise estima que a demanda pelo Corredor seria de 0,58 megatonelada (Mt)/ano até 2030 e 3,36 Mt/ano até 2040. Com base na suposição de que a infraestrutura crítica para viabilizar o corredor seja fornecida, a Aurora Energy Research estima que um corredor conectando o Nordeste do Brasil à Holanda poderia potencialmente atender à demanda de importação do país, incluindo a demanda de países vizinhos até certo ponto, até 2030, com uma parcela substancial da demanda atendida até 2040", diz o estudo.

Elaborado a pedido do Ministério Holandês de Política Climática e Crescimento Verde, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores da Holanda, a Gasunie, o Porto de Roterdã, os Portos Marítimos de Groningen e a Invest International, o estudo atesta que a maior concentração de iniciativas de produção de H2V no Brasil (67%) estão no Ceará.

O Estado já conta com um memorando de entendimento assinado com Roterdã e o porto alemão Duisport para a criação de um corredor verde entre os terminais. Mas isso não é mencionado no estudo, que destaca também o Piauí.

No entanto, o Porto do Pecém é o único do Nordeste capaz de atender a demanda apontada pela Aurora Energy Research. O terminal segue o modelo porto-indústria considerado mais adequado para a operação e tem o píer 2 sendo preparado para a movimentação de H2V.

Mas o estudo demonstrou também os desafios para a conexão deste corredor verde, o que sinaliza, de acordo com o levantamento, incertezas sobre quando e quais projetos realmente se materializarão.

"Para tornar este corredor uma realidade, uma ampla gama de partes interessadas deve trabalhar em conjunto em um plano de ação estratégico focado em três prioridades: garantir acordos de compra de longo prazo, acelerar o desenvolvimento de infraestrutura e consolidar as capacidades de distribuição", observa Rodrigo Borges, líder de mercado do Brasil na Aurora Energy Research.

Hoje, a conexão ao Sistema Interligado Nacional é o principal gargalo, uma vez que não há infraestrutura de transmissão de energia capaz de atender a demanda das usinas de H2V do hub do Pecém. O trabalho indicado por Borges tem neste gargalo o principal empecilho, uma vez que os compradores sinalizam a disposição de fechar contratos duradouros. Os estados nordestinos já pressionam o governo federal, mas falta o Ministério de Minas e Energia se mexer para modelar os contratos para viabilizar novas linhas de transmissão.

 

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