
Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico
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Mais cinco mega projetos de data center, além do já anunciado pela Casa dos Ventos, têm o Ceará como alvo de investimentos. É o que informou com exclusividade à esta coluna Fábio Feijó, presidente da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará. A área administrada por ele deve abrigar os empreendimentos e planeja tornar o Pecém o novo polo de tecnologia do Brasil.
Ainda com as tratativas sob sigilo contratual, Feijó pôde revelar apenas que são projetos tão robustos quanto o da Casa dos Ventos - em recursos bilionários a serem aplicados e em demanda de energia - e todos liderados por empresas estrangeiras.
O interesse, diz, foi maior após a publicação da medida provisória (MP) 1307/25, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em visita ao Ceará e que regulamentou a instalação de data centers em ZPEs no Brasil.
"Como são projetos que demandam muita energia, são eletrointensivos, a MP obriga que os investidores construam parques eólicos e solares para o consumo dos data centers na ZPE", destaca Feijó sobre um dos pontos mais visados quando o assunto são data centers no Nordeste.
Mas os investidores devem aplicar ainda mais recursos focados no Pecém, segundo ele. A ideia é de que os centros de dados sejam conectados por cabos de fibra óptica subterrâneos, que devem promover a conectividade com os usuários finais e outras bases das big techs - tudo de exclusiva competência das empresas.
Feijó dá como exemplos a Malásia e a Irlanda, que empregaram estratégias semelhantes para se tornarem polos de tecnologia regionais em seus continentes, atraindo toda uma cadeia produtiva relacionada aos data centers. Este é o interesse para gerar emprego de alta qualificação e renda elevada.
"Quem virá? Os provedores de internet, desenvolvedores de inteligência artificial, serviços de streaming… ou seja, as big techs", exemplifica, acrescentando que o projeto do Pecém para os data centers mira o médio e longo prazo e segue ações coordenadas com outras frentes.
Nesta estratégia, cita o presidente da ZPE do Ceará, estão a formação de mão de obra especializada pelas universidades e Institutos Federais de Tecnologia locais, como a chegada do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) com cursos de engenharia de energias renováveis e engenharia de tecnologia da informação.
"Isso dialoga com a estratégia de desenvolvimento econômico do Ceará. Os engenheiros formados aqui não vão buscar empregos em outros lugares porque vão ter onde trabalhar aqui", arremata.
A Mota Machado contabiliza a contratação de 200 operários para o seu novo empreendimento, o Signa Meireles. O edifício residencial de torre única de 42 pavimentos e apartamentos de até 101 m² tem valor geral de vendas de R$ 176 milhões. A geração de mão de obra é um dos reflexos da construção civil, que vem batendo recordes no Ceará.
A Victa confirma o bom momento do setor no Estado. A empresa lançou o Vitória Iris, o qual faz parte do Parque Vitória. O condomínio fechado reúne 26 torres de quatro andares e 520 unidades residenciais. O primeiro lançamento tem valor geral de vendas de R$ 110 milhões e outros dois devem ser lançados nos "próximos meses".
O Toyota Corolla é o automóvel usado mais procurado no estado do Ceará na OLX, no primeiro semestre de 2025. O veículo foi motivo de 5,9% das buscas no segmento, seguido por Toyota Hyllux (5,8%), Volkswagen Gol (4,6%), Fiat Palio, com 3,7%, Chevrolet Onix, com 2,9%, Fiat Uno, com 2,7%, Honda Civic, com 2,5%.
milhões de reais é o investimento da cearense Matercol para fortalecer a atuação no mercado de equipamentos de proteção individual (EPIs). Recurso aplicado na ampliação da estrutura física, modernização de processos e implementação de soluções tecnológicas próprias, segundo destaca Gustavo Torres, CEO da empresa.
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