O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Desde a semana passada, candidatura de José Sarto (PDT) abandonou fase do “paz e amor” e apontou todas as armas contra os dois principais adversários na disputa, Capitão Wagner (Pros) e Luizianne Lins (PT).
Nos últimos dias, se intensificou (e muito) o bombardeio da campanha pedetista em inserções do Horário Eleitoral – terreno onde Sarto, com ampla aliança de dez partidos, domina com folga no tempo de TV – contra a petista e o militar, que recorreram contra os programas na Justiça.
Contra Luizianne, a aposta do PDT foi na comparação direta entre as gestões da petista e os oito anos de governo Roberto Cláudio (PDT) em Fortaleza. Contra Wagner, a linha estratégica ficou em associar o adversário com motim ocorrido no início do ano e que paralisou o Estado.
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Segunda rodada da pesquisa O POVO/Datafolha, divulgada na noite desta quarta-feira, deixa claro que a estratégia serviu mais contra Luizianne do que contra Wagner. Enquanto o militar manteve o mesmo nível de intenções de voto, oscilando apenas dois pontos negativamente, a petista retraiu cinco pontos com relação ao levantamento anterior.
O resultado aponta dois problemas que o PDT precisará avaliar daqui para a frente: o primeiro, menos problemático, é se o partido seguirá na rota de ataques diretos contra Wagner. Historicamente, candidatos mais agressivos ficam com pecha negativa e acabam ganhando em rejeição.
O segundo problema, mais imediato, é que, a preço de hoje, parece muito pouco provável que a relação entre Sarto e Luizianne não descambe para um confronto total entre os dois na reta final da disputa. Complicado, visto que ambos esperam contar com o apoio do eleitorado do outro no segundo turno.
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