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No Datafolha, os três primeiros colocados se movem
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

No Datafolha, os três primeiros colocados se movem

Tipo Análise
Capitão Wagner, Sarto Nogueira e Luizianne Lins (Foto: O POVO)
Foto: O POVO Capitão Wagner, Sarto Nogueira e Luizianne Lins

Pesquisas têm mais relevância a partir da segunda rodada. O motivo é simples: importa menos o número estático e mais o movimento. O mais importante não é o resultado de Sarto Nogueira (PDT) e Luizianne Lins (PT), empatados tecnicamente e numa boa briga pela vaga no segundo turno. O mais relevante da pesquisa é que Sarto está em alta. Ganhou sete pontos em menos de duas semanas. É bastante coisa. Luizianne, por sua vez, cai cinco pontos. Não é pouca coisa.

Hoje, a disputa entre Sarto e Luizianne é o fato mais importante da eleição. Será a provável decisão de quem irá ao segundo turno contra o líder, Capitão Wagner (Pros). E, a principal pergunta que a pesquisa deixa é: os deslocamentos até aqui já se estabilizaram ou as tendências prosseguem? Nesse último caso, um segundo turno entre Wagner e Sarto será inevitável. Ou, será que Luizianne consegue reverter a tendência? Quais são as próximas estratégias das candidaturas? Os próximos gestos? Os ataques e as defesas? Isso a pesquisa Datafolha não é capaz de dizer. Ela irá, isso sim, influenciar os movimentos.

Luizianne cai em momento que é alvo de críticas duras que partem da campanha de Sarto. Inclusive, com programa que foi retirado do ar por decisão da Justiça Eleitoral. As críticas a Luizianne e ao período dela na Prefeitura, conforme o Datafolha, parecem ter cumprido seu papel. Mas, ela está viva e segue no jogo. A questão é se o estrago feito já é o que se viu ou pode ser maior. Luizianne irá contra-atacar?

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A tendência do Capitão

Quanto ao Capitão Wagner (Pros), há uma oscilação de dois pontos percentuais, dentro da margem de erro. Pelo cenário de hoje, ele estaria praticamente assegurado no segundo turno. A interrogação sobre ele é: a oscilação foi apenas isso mesmo ou indica uma lenta tendência de queda? Wagner tem espaço para crescer ou chegou ao seu teto?

Se Luizianne foi alvo da campanha de Sarto, Capitão Wagner foi confrontado, principalmente, pelo governador Camilo Santana (PT). O petista é o cabo eleitoral com maior potencial de influência no Ceará. Porém, enfrenta amarras legais para seu envolvimento na campanha. Seu desejo seria apoiar Sarto, mas seu partido tem Luizianne Lins como candidata. Então, ele fica impossibilitado de fazer campanha a favor daquele para quem gostaria de pedir voto. Tem restado a Camilo a campanha contra Wagner. De acordo com o Datafolha, o impacto das críticas não é o mesmo do potencial pedido de votos. O Capitão oscilou apenas.

Mas, talvez a atuação de Camilo tenha sido determinante para que, por exemplo, ele não tenha subido. De todo modo, o candidato do Pros demonstra, até aqui, resiliência sob a saraivada de críticas.

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