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ANÁLISE | O POVO/Datafolha: Wagner oscila para baixo, Luizianne cai e Sarto dispara
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

ANÁLISE | O POVO/Datafolha: Wagner oscila para baixo, Luizianne cai e Sarto dispara

Tipo Análise
Capitão Wagner, Sarto Nogueira e Luizianne Lins (Foto: O POVO)
Foto: O POVO Capitão Wagner, Sarto Nogueira e Luizianne Lins

Escrevi ontem: nova rodada da pesquisa O POVO/Datafolha é decisiva para estratégias de candidatos à Prefeitura de Fortaleza. Na verdade, outra campanha começa a partir de agora, com os dados do levantamento.

Na pesquisa desta quarta-feira, 28, Capitão Wagner (Pros) continua a encabeçar as intenções de votos, com 31% - na anterior, divulgada dia 17, eram 33%, uma alteração dentro da margem de 3%.

As diferenças começam aqui: José Sarto (PDT) avançou sete pontos, indo de 15% para 22%, e Luizianne Lins (PT) caiu cinco, passando de 24% para 19%.

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Pela primeira vez desde o início da disputa eleitoral, o candidato do governismo chega à segunda posição, numericamente à frente de Luizianne, mesmo que empatado tecnicamente com a petista.

O crescimento expressivo de Sarto indica o acerto da estratégia de fustigar preferencialmente Wagner, da qual fazem parte as investidas do governador Camilo Santana (PT).

Embora não tenha arrancado pontos do candidato do Pros, a tática foi eficiente para fazê-lo estacionar no mesmo patamar e alargar a sua rejeição, impedindo-o de abrir vantagem que lhe permita chegar como favorito num segundo turno.

Para Luizianne, o cenário mostrado pelo Datafolha é de alerta. Ultrapassada por Sarto, dispõe de menos tempo de TV e rádio e tem maior rejeição, que chega agora a 42%. Reverter esse quadro impõe mudança drástica na condução da campanha, o que deve contribuir para aumentar a temperatura política a quase 15 dias das eleições.

Até aqui, a ex-prefeita tem evitado críticas mais contundentes ao Paço e seu representante na sucessão de Roberto Cláudio (PDT). Se quiser ir ao segundo turno, isso deve mudar.

Quanto a Capitão Wagner, há o copo meio cheio: permanece líder em mais uma pesquisa, consolidado numa posição que dificilmente o retirará da etapa seguinte.

E há o copo meio vazio: seu principal adversário, que estava 18 pontos atrás na rodada anterior do Datafolha, agora está a apenas nove e já aparece muito perto no retrovisor.

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