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Vale mais a história ou a prática no ESG?
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Vale mais a história ou a prática no ESG?

Especialista faz provocação, pois destaca que o ESG chegou ao marketing antes de chegar na estrutura das corporações
Tipo Notícia
BABI Bono é fundadora da Lemme Content, aceleradora de inovação e cultura
 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação BABI Bono é fundadora da Lemme Content, aceleradora de inovação e cultura

Há algum tempo o storytelling, união do termo em inglês story, que se refere a uma história com telling, que proporciona a ideia de ação de narrar histórias por meio de imagens ou outros recursos que ajudem a manter o interesse dos espectadores, é utilizado pelas empresas para encantar o público-alvo. Mas como fica isso com a chegada da agenda ESG? A fundadora da Lemme Content, aceleradora de inovação e cultura, Babi Nono, costuma dizer que boas histórias vêm da conexão da autenticidade com a verdade. “Hoje, as pessoas entendem a atuação e a proposta de de uma marca a partir das histórias que essas marcas contam, pelo modo como atuam com sua comunidade interna e externa e não pela publicidade que a marca faz”, enfatiza.

Porém, ela observa que o tema ESG chegou ao marketing antes de fazer parte da estrutura das corporações e, com isso, faz a provocação “vale mais a história ou a prática?”. Para Babi, as histórias poderosas acontecem quando a marca tem foco na audiência e não na tendência.

Olhando para o que significa ESG, governança ambiental, social e corporativa, a especialista destaca que tudo engloba pessoas e os seus relacionamentos. “Isso é uma soma do posicionamento da pessoa com o da marca e vice-versa, não é sobre se apropriar da audiência, mas somar a ela na mesma direção. Histórias são sobre pessoas e pessoas fazem parte de comunidades, por isso autenticidade é tão importante nessa equação de narrativas que envolvam ESG. Porque antes de ser discurso é preciso entender e ter clareza sobre qual história a marca quer contar”,

Beleza circular

A Natura relança seu programa de logística reversa para estimular a sociedade a ter hábitos mais conscientes em relação à circularidade. Com mais pontos de recebimento das embalagens, serão mais de 650 lojas próprias e franquias em cerca de 280 cidades. Fortaleza está nessa com os estabelecimentos nos shoppings RioMar Fortaleza, Iguatemi e North Shopping. Por lá, o cliente que levar cinco embalagens vazias de produtos das marcas do grupo Natura &Co entregues nas lojas participantes, ganhará diferentes benefícios como brinde e 10% de desconto nas compras.

Os materiais recebidos em todo País serão destinados a 14 cooperativas de reciclagem em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal. No Ceará, a cooperativa beneficiada com a boa ação em cadeia será a Associação Rosa Virgínia que fica em Fortaleza.

Mais consciência

O Senai Ceará lançou a Missão Industrial ESG Brasil + Consciente voltada para as práticas sustentáveis no Ceará. Entende-se que as indústrias têm suas responsabilidades em relação ao meio ambiente que vivemos e as trocas entre elas é essencial para efetivar medidas de ESG no setor. O diretor do Senai Ceará, Paulo André Holanda, avalia que o papel da Fiec e do Governo do Estado é fomentar
as práticas internacionais de sustentabilidade aqui.

A M. Dias Branco, por exemplo, já possui grupos de trabalho específicos de eficiência energética com foco na redução do consumo. Entre os participantes estão a 2W Energia; AVCO Chemicals; Benatêxtil; Cerbras; CIPP; Companhia Energética do Ceará; Mota Machado; Esmaltec; Ferrovia Transnordestina Logística S. A; Gerdau; Jangadeiro Têxtil; M Dias Branco; Malwee; Plastsan; 3 Corações; Vicunha e Vulcabrás.

Baixo carbono

A startup Esphera Soluções Ambientais coletou, entre outubro de 2021 e setembro de 2022, a mais de 14.800 toneladas de resíduos pós-industriais e pós-consumo, que incluem papel, papelão, vidro, lata, plástico e outros metais, na cidade de Fortaleza. A proposta é desenvolver soluções que acelerem a transição para uma economia de baixo carbono, impactando positivamente a vida das pessoas e o meio ambiente. 

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