Repórter especial e cronista do O POVO. Vencedor de mais de 40 prêmios de jornalismo, entre eles Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Embratel, Vladimir Herzog e seis prêmios Esso. É também autor de teatro e de literatura infantil, com mais de dez publicações.
Cadê o desembargador Raimundo Nonato, corregedor Regional Eleitoral? Cadê o delegado Sandro Caron, secretário da Segurança Pública? Cadê superintendente da Polícia Federal? Cadê o comandante da 10ª Região Militar?
Vi e li algumas postagens de pessoas que votarão em memória de familiares e amigos. Caso de uma filha que perdeu o pai durante um dos picos da pandemia da covid-19.
Entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), ela ficará com o ex-presidente do Brasil. É, também, uma maneira de decidir em quem não votará por causa de uma ferida ainda com pus.
Uma escolha de carne golpeada e o medo de ficar desamparada, novamente, se o País não sair dessa beira de se acabar para os pobres, para os miseráveis e para classe média.
O pai não é mais presença no abraço. Um avaro que antecipou o morrer dos outros ou retardou o salvatério
Há uma justa revolta amorosa, o pai não é mais presença no abraço. E tudo por conta de um finca-pé doloso de quem deveria ter o espírito público da empatia. Um avaro que antecipou o morrer dos outros ou retardou o salvatério.
Boa parte dos que faleceram na crise sanitária poderia ter tido uma chance caso as vacinas tivessem chegado a tempo. É o voto contrário à reeleição de um presidente que negou, com crueldade, a devastação da covid-19 que enterrou mais de 670 mil pessoas no País.
Até na campanha eleitoral, ele não deixou de lado a ausência de compaixão. A "gripezinha" teria torado a "economia" brasileira por causa da política do "fique em casa dos governadores".
A história repetida é a Casa Grande fascista (de sempre) não engolir a ex-senzala nas universidades e nos aeroportos
Pensei em Gilmar de Carvalho, em dona Gal, em Carlinhos Perdigão, em dezenas de corpos que vi em caixões no hospital Leonardo da Vinci, em Fortaleza, e que se foram sem despedidas. A impressão é de que aquilo não era factível.
Há um labirinto ainda a se percorrer hoje e de amanhã em diante. A história repetida é a Casa Grande fascista (de sempre) não engolir a ex-senzala nas universidades e nos aeroportos.
Na última sexta-feira, empresários e militares de extrema direita, em Fortaleza, expuseram num vídeo um plano nefasto de constranger, hoje, eleitores pobres com uma milícia armada no "Pirambu e em bairros violentos".
Ora, se o tal general bolsonarista tem informações antecipadas sobre o crime, então que acione a Justiça Eleitoral no Ceará
Sem nenhuma vergonha, o general Guilherme Theophilo (Podemos), ao lado de Beto Studart e outros empresários bolsonaristas, revelou a contratação de PMs de folga para ocupar ilegalmente comunidades da periferia.
O pretexto para empregar uma milícia, perigosamente comandada por um oficial do Exército, seria a suposta compra de votos no dia da eleição.
Ora, se o tal general bolsonarista tem informações antecipadas sobre o crime, então que acione a Justiça Eleitoral no Ceará, a Polícia Federal, a Secretaria da Segurança Pública.
O Pirambu, os bairros mais violentos onde ninguém entra, nós entramos porque todo esse pessoal que tá contratado são policiais militares
É vexatório para quem passou por uma Agulhas Negras, para quem comandou a Secretaria Nacional de Segurança Pública e ainda foi candidato ao governo do Ceará pelo PSDB. É um vexame para a ala democrática do Exército.
Disse o general: "Montamos uma central para que a gente possa, rapidamente, reagir. O nosso advogado Djalma Pinto tá com a gente. É a maior autoridade em direito eleitoral, pra que a gente possa coibir um pouco essa irregularidade que tem, não só no dia, mas antes".
"Então, o Pirambu, os bairros mais violentos onde ninguém entra, nós entramos porque todo esse pessoal que tá contratado são policiais militares que estão de folga e foram contratados de folga para fazer esse flagrante".
Estratégia de guerra. Não se cerca o inimigo sem deixar válvula de escape
"Então, têm experiência, sabem o que fazer e vamos partir pra cima para enfrentar essa compra de votos. Vamos partir pra luta para evitar essa compra de votos. Essa é a nossa grande responsabilidade nesse momento final".
"Estratégia de guerra. Não se cerca o inimigo sem deixar válvula de escape. Se você não deixar válvula de escape, ele vem com tudo pra cima de você. A gente está fazendo estratégia militar para que possa, realmente, ter um bom resultado. E eu estou como o Beto (Studart), eu tenho certeza que vamos ganhar".
Cadê o desembargador Raimundo Nonato, corregedor Regional Eleitoral? Cadê o delegado Sandro Caron, secretário da Segurança Pública? Cadê superintendente da Polícia Federal? Cadê o comandante da 10ª Região Militar?
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