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Saúde global e a dieta da saúde planetária
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Eliziane Alencar é publicitária e diretora da Advance Comunicação

Eliziane Alencar ciência e saúde

Saúde global e a dieta da saúde planetária

A dieta da saúde planetária é rica em vegetais como grãos integrais, frutas, vegetais, nozes e leguminosas
A dieta da saúde planetária é rica em vegetais como grãos integrais, frutas, vegetais nozes e leguminosas (Foto: Marilyn Barbone / ADOBESTOCK)
Foto: Marilyn Barbone / ADOBESTOCK A dieta da saúde planetária é rica em vegetais como grãos integrais, frutas, vegetais nozes e leguminosas

A Comissão EAT-Lancet 2025 acaba de divulgar o novo relatório sobre Sistemas Alimentares Saudáveis, Sustentáveis e Justos. A avaliação científica global mais abrangente de sistemas alimentares até o momento. O documento traz atualizações sobre a dieta da saúde planetária, medição do impacto dos sistemas alimentares sobre os limites planetários, exploração de questões multidimensionais e sobre justiça alimentar, novas pesquisas e insights de modelagem, além de recomendações transformadoras.

A dieta da saúde planetária é rica em vegetais como grãos integrais, frutas, vegetais, nozes e leguminosas.

Surgiu em 2019, com o relatório da comissão EAT-Lancet, que reuniu 37 cientistas de 16 países, propondo padrões alimentares sustentáveis, que promovem resultados ideais de saúde, minimizando os impactos ambientais e as deficiências nutricionais da maioria das dietas atuais, garantindo alimentação para uma população mundial crescente, com prevenção de mortes por dietas inadequadas e preservando o planeta. O novo relatório é um recado claro para a COP30 e para a consciência de cada pessoa: não dá mais para adiar.

A comida não é só uma escolha pessoal

A alimentação que consumimos é uma questão pública com consequências globais. O que colocamos no prato afeta o uso da terra agrícola, as emissões de gases de efeito estufa, a disponibilidade e a qualidade da água, os sistemas de trabalho e a saúde pública. Os sistemas alimentares atuais construíram uma realidade onde milhões de pessoas enfrentam a fome e outras sofrem com doenças crônicas completamente evitáveis.

A produção de alimentos contribui para a degradação ambiental e aprofunda a desigualdade, quando poderia ser a principal fonte de regeneração ambiental e justiça.

Pessoas saudáveis em um planeta saudável

O relatório da Comissão EAT-Lancet estabelece bases para que os sistemas alimentares assumam um papel central na era pós-ODS, conectando desafios da saúde, sustentabilidade e justiça, promovendo uma mudança nos padrões de consumo e produção, para alimentos saudáveis, sustentáveis, acessíveis e que reduzam a pressão sobre os limites planetários. Transformar a alimentação demanda cooperação entre setores, culturas e regiões e a mensagem da ciência é clara: a mudança do padrão alimentar é urgente para que se vislumbre um futuro próspero para as pessoas e o planeta.

15 milhões de mortes precoces podem ser evitadas

Um sistema alimentar baseado em vegetais:

  • Protege 5 dos 9 limites planetários
  • Reduz em mais da metade as emissões de gases de
    efeito estufa
  • Pode prevenir até 15 milhões de mortes precoces por ano, com redução da incidência de doenças crônicas evitáveis, como diabetes tipo 2 e até câncer 
Foto do Eliziane Alencar

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