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Cabelo maluco: o que não te contam sobre a brincadeira
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Rachel Gomes é jornalista, mãe da Serena e da Martina e produz podcasts de maternidade há cinco anos. Em 2022, deu início ao MamyCast, primeiro podcast de maternidade do Ceará, onde aborda pautas informativas sobre maternidade, gestação e infância

Rachel Gomes comportamento

Cabelo maluco: o que não te contam sobre a brincadeira

Na prática, temos mães (na sua esmagadora maioria dos casos) já sobrecarregadas com trabalho e tarefas domésticas que se desdobram (mais ainda) para entregar algo que permita a inclusão do seu filho na brincadeira
Tipo Notícia
A semana do dia 12 de outubro, Dia das Crianças, tem sido comemorada como a Semana da Criança. Imagem de apoio ilustrativo (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE A semana do dia 12 de outubro, Dia das Crianças, tem sido comemorada como a Semana da Criança. Imagem de apoio ilustrativo

Semana das Crianças devido ao 12 de outubro e há cerca de dois ou três anos, as escolas implantaram uma "brincadeira" (daqui a pouco você vai entender porque as aspas) original dos Estados Unidos (Crazy Hair Day) e que ficou famosa após viralizar nas redes sociais.

Conversando com algumas mães sobre esse tema, trocamos opiniões e experiências e uma coisa ficou clara: é mais uma sobrecarga para as mães já sobrecarregadas. Vou explicar o porquê.

Na teoria, a proposta é incentivar a criatividade dos pequenos e estimular a produção em conjunto com a família, proporcionando diversão a ambos e a garantia da alegria dos pequenos com os demais penteados dos colegas na sala de aula.

No Dia do Cabelo Maluco crianças e pais se desdobram na criatividade para entregar uma transformação divertida para os pequenos(Foto: Arquivo pessoal)
Foto: Arquivo pessoal No Dia do Cabelo Maluco crianças e pais se desdobram na criatividade para entregar uma transformação divertida para os pequenos

Na prática, temos mães (na esmagadora maioria dos casos) já sobrecarregadas com trabalho e tarefas domésticas que se desdobram (mais ainda) para entregar algo que permita a inclusão do seu filho na brincadeira.

Para deixar ainda mais crítico, surgiram as variedades do "cabelo maluco", com a sequência de mochila maluca e meia maluca.

A ideia, em si, é válida e divertida, sim. Mas a realidade é outra e sabemos disso. Posso citar também o caso dos pais que assumem uma competitividade de "mãe ou pai mais criativo" tornando o que era pra ser uma brincadeira uma competição entre egos de adulto.

Vale mencionar que valorizo a ideia das escolas e sei que há mães que curtem o rolê, mas elas são a minoria, acreditem.

Ser mãe atualmente exige de nós uma força sobrenatural e as escolas são nossa rede de apoio, portanto, avaliemos propor diferentes formas de participação das crianças com atividades que não pesem ainda mais a rotina dos cuidadores.

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