
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Conselho de Ética da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) conduziu, nesta quinta-feira, 22, vereador Luciano Girão (PDT) como relator de cinco processos envolvendo o também vereador Inspetor Alberto (PL). Parte dos casos ocorreram na legislatura passada, e denúncias envolvem um vídeo de maus tratos a animais, além de ameaças ao então candidato à prefeitura Evandro Leitão (PT).
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Outro processo (Protocolo nº 0219/2024) relacionado a um episódio de agressão por parte da ex-vereadora e deputada federal, enfermeira Ana Paula (PSB), também será analisado por Girão. A parlamentar é acusada de agredir a então colega Cláudia Gomes (PSDB) e o então suplente de vereador Júnior Aquino.
“São processos que não envolvem só o espectro aberto, tem também outros vereadores e outros envolvidos, que, inclusive, já não são mais vereadores, não estão mais nessa Casa”, explica Luciano Girão. “Vamos fazer o juízo de admissibilidade, para que em até 10 dias úteis, a gente possa apresentar à comissão o nosso juízo, primeiramente de admissibilidade dos processos”, completa.
O vereador ainda complementa que o estudo do caso tomará como viés principal a “legalidade”, para decisão de arquivamento ou punição dos acusados. “Vou ler o parecer da procuradoria, o que eu achar que se aplica, vamos aplicar, mas a minha admissibilidade será pela lei”, afirma.
Nesse sentido, Girão destaca postura de independência do parecer da Procuradoria Jurídica da CMFor. “Eu estou tomando conhecimento agora, nas épocas pela mídia. A Procuradoria dá o parecer dela, eu não sou obrigado a seguir parecer de Procuradoria, nosso trabalho é independente”, diz.
Para dar continuidade aos casos, o relator tem até dez dias úteis para emitir relatório dos seis processos existentes. Uma das delações (Protocolo n° 1633/2024) é encabeçada por um conjunto de parlamentares, incluindo os vereadores Gabriel Aguiar (PSOL) e Adriana Gerônimo (PSOL) e os deputados estaduais Renato Roseno (PSOL), Larissa Gaspar (PT), De Assis Diniz (PT), entre outras entidades.
Ainda sobre os maus tratos, tramitam as representações do deputado federal Célio Studart (PSD), da Organização Não Governamental Deixe Viver e outra de sociedade civil.
Em abril, o vereador também foi alvo de imputações de parlamentares do Partido dos Trabalhadores. Em sessão na CMFor, presentes votavam cerimônia para homenagem ao partido, e parlamentar reproduziu vídeo de redes sociais que acusava a sigla de envolvimento com organizações criminosas.
“O que vocês acham do PT, vocês que vão votar esse requerimento para homenagear um partido que é eleito pelas facções. É justo? Bote a mão na consciência de vocês”, destacou Alberto na ocasião.
Os vereadores, por sua vez, retiraram as denúncias iniciais para terem direito a voto caso processo chegue ao Plenário. Em substituição, outra representação conjunta (Protocolo N° 1022/2025) foi efetuada, com assinatura do deputado estadual e presidente do PT Fortaleza, Guilherme Sampaio.
“Esse pedido que a gente colocou não se trata só apenas do PT, mas se trata de todos os partidos. Porque fazer associações tão graves e levianas, sem comprovações, a um determinado partido, isso também pode dar gosto para outros partidos”, enfatiza Mariana Lacerda (PT), líder do partido na Câmara Municipal.
Presente na reunião do Conselho, vereadora Adriana Almeida (PT) afirma que irão acompanhar caso “do início ao fim”. “Todos os partidos merecem respeito internamente. O nosso partido aqui vive esse processo que todo mundo acompanhou na imprensa e no plenário, foi comparado a estar junto ou ser ligado às ações criminosas, isso é uma acusação muito grave em relação ao partido respeitado internacionalmente”, finaliza.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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