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Líderes do Cidadania no Ceará divergem sobre possível federação com o PDT
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Líderes do Cidadania no Ceará divergem sobre possível federação com o PDT

Enquanto o vice-presidente Tomaz Holanda destaca aproximação entre as siglas, o presidente Alexandre Pereira vê com ressalvas o instituto da federação como um todo
FORTALEZA-CE, BRASIL, 11-07-2023: Alexandre Pereira, Secretario de Turismo de Fortaleza. Prefeitura lança portal Visit.  (Foto: Aurelio Alves/O Povo) (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES FORTALEZA-CE, BRASIL, 11-07-2023: Alexandre Pereira, Secretario de Turismo de Fortaleza. Prefeitura lança portal Visit. (Foto: Aurelio Alves/O Povo)

Em nível nacional, o partido Cidadania discute uma possível federação com foco na eleição de 2026, tanto com o PDT quanto com o PSB. Segundo o presidente do Cidadania Ceará, Alexandre Pereira, em âmbito estadual, a agremiação prefere seguir independente para o próximo pleito.

“Hoje há na política brasileira várias discussões acerca da possibilidade de federações. Nós saímos há pouco de uma de uma federação com PSDB que não deu um bom resultado. Então, boa parte do partido prefere ir para as eleições de 2026 sozinho, sem federação”, explica presidente.

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O dirigente ainda ressalta que, apesar do posicionamento, a formalização ou não da federação partidária depende de toda executiva nacional do Cidadania. A próxima reunião do grupo será o dia 30 de junho. Por sua vez, a votação final para definir o rumo da possível federação está marcada para o dia 13 de julho.

“O partido está muito dividido entre não federar e federar, e, ainda, com quem federar”, destaca Alexandre. “No campo ideológico, os partidos que mais se aproximam com o nosso são o PSB, o PDT, a Rede de Sustentabilidade e alguns partidos do campo do centro esquerda”, continua.

Segundo o presidente, sem a unificação o partido teria uma melhor chance de eleger parlamentares, aproveitando o cenário de formação de muitas federações. O cidadania seria uma “opção” para candidatos menos votados que em partidos maiores acabam diluindo as chances de serem eleitos.

“Você consegue eleger normalmente esses parlamentares, que no termo popular são ‘bucha’ nos partidos grandes – vão lá para completar. A gente coloca o Cidadania como opção para esses políticos”, explica Alexandre.

Cidadania é partido independente, diz presidente estadual

Atualmente, o Cidadania é considerado partido independente ao governo em nível estadual. O partido, no entanto, possui a deputada estadual Luana Régia e o vereador de Fortaleza Professor Enilson, ambos integrantes da base aliada dos governos petistas.

No Ceará, o PSB se destaca como base do governo e o PDT caminha para diálogos com a gestão de Elmano de Freitas (PT), conforme decisão do presidente estadual André Figueiredo (PDT). Em caso de federação, o posicionamento do Cidadania só será discutido posteriormente, informa Alexandre. “O partido mantém independência, mas a nossa ideia é, a partir de agosto, começar a discutir internamente qual os nossos grupos para 2026, inclusive o apoio do governo estadual, da candidatura ao governo”, diz.

Vice-presidente diverge e diz que federação com o PDT pode "acontecer em breve"

Outras lideranças do Cidadania no Estado, no entanto, acreditam que a federação com o PDT pode sair do papel, como no caso do vice-presidente Thomaz Holanda. “Nós achamos que até o final de julho a gente tem essa definição. Então, há uma conversação com o pessoal do PDT, há uma aproximação com o presidente nacional (Carlos Lupi), com e o André Figueiredo”, diz Holanda, ex-deputado federal.

Não é a primeira vez que os partidos negociam uma aliança nacional. Conforme Thomaz, em 2021, as duas agremiações colocaram a federação em votação interna, mas o acordo não foi firmado por apenas quatro votos contrários de diferença. “O presidente Comte Bittencourt está conversando com todos. Se tiver essa aproximação, a gente crê que é uma possibilidade (de formalizar acordo) muito grande, mas depende muito dos presidentes estaduais”, explica.

Os vice-presidente acredita em uma convergência entre os grupos tanto pelo número de parlamentares quanto pelos ideais de cada um. “Eles têm um tamanho parecido e tem a questão dos pensamentos. Tem o pensamento de Brizola, o pensamento do pessoal antigo, do antigo PPS. Então, assim, por isso que tem essa conversação”, ressalta.

por Camila Maia - Especial para O POVO

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