
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (SINDSIFCE) teve protesto contra a criação de nova entidade sindical barrado na última quarta-feira, 25, na cidade de Limoeiro do Norte. Segundo organização, seus representantes foram impedidos de participar de assembleia deliberativa para a formação da nova entidade pela federação responsável, a Proifes.
A ocasião definiria a criação do ADIFCE-Sindicato, nome da nova associação, e ocorreu em um espaço privado, com a presença de seguranças e da Polícia Militar para conter os manifestantes. Os integrantes do SINDSIFCE classificaram a proibição da entrada de sua base como “tentativa de golpe” aos servidores.
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“A entrada no local foi controlad a de maneira arbitrária, impedindo a entrada de docentes EBTT (Ensino Básico, Técnico e Tecnológico Federais), descumprindo os termos do próprio edital de convocação. Enquanto alguns apenas entravam com o nome que constava em uma listagem, outros foram barrados mesmo portando documento oficial de comprovação”, declara entidade.
Apesar dos protestos, a Proifes anunciou a oficialização do ADIFCE-Sindicato após a aprovação na assembleia. A criação do Estatuto, definição da diretoria e filiação ao Proifes-Federação também foram feitas durante reunião deliberativa. “O Proifes-Federação reverencia a atitude corajosa dos docentes do Ceará e saúda a ADIFCE-SINDICATO, uma nova estrela que se soma à constelação democrática em permanente construção”, declara federação.
No Ceará, os sindicatos representativos dos professores das carreiras do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico Federais (EBTT) são compostos por seções do SINASEFE e pelo SINDSIFCE. Os protestos do sindicato surgem em meio ao “risco” de ter sua atuação impedida “por efeito de um golpe”, conforme manifestantes.
“O Proifes, federação nacional criada com apoio do governo em 2004, tem tentado criar uma associação sindical no Ceará, dividindo e enfraquecendo a categoria. A instituição tentou a mesma estratégia anteriormente nos estados da Bahia, Santa Catarina e Goiás, na tentativa de minar as entidades sindicais”, diz nota do SINDSIFCE.
O sindicato ainda continua: “O Proifes tem atuado há vários anos contra a criação de movimentos grevistas, além de assinar acordos de reajustes rebaixados e sem atender demandas da categoria”.
A federação divulgou a criação do sindicato por nota em seu site oficial. No texto, o Proifes também chamou a atitude dos manifestantes de “ações truculentas”, reiterando que a assembleia foi um momento de afirmação democrática para o surgimento do ADIFCE-Sindicato.
“Esse momento de afirmação democrática foi, entretanto, ameaçado por ações truculentas, adotadas por entidades que insistem em reproduzir práticas autoritárias dentro do Movimento Docente”, diz instituição em nota. “Tentativas de invasão, contidas de forma pacífica, espelham o mesmo tipo de comportamento de forças reacionárias que não toleram opiniões divergentes, revelando a face de direções que se recusam a aceitar que a categoria não tem dono nem senhor”, continua.
A federação complementou: “A ADIFCE-Sindicato nasce com o compromisso de continuar a luta por melhorias na situação orçamentária das Universidades e Institutos Federais; de participar dos grandes debates nacionais que envolvem a educação, bem como temas ligados à Ciência e Tecnologia, Previdência Social e Direitos Humanos”.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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