
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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As discussões para a formação da chapa cearense do PDT já começaram com a última reunião entre os vereadores da sigla, na última terça-feira, 12. Conforme Adail Júnior (PDT), vereador na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), já se considera que muitos parlamentares sairão do partido, apesar de alguns ainda negarem, especialmente com a aproximação da janela eleitoral.
“Não adianta, não adianta hoje você estar no PDT e de repente na campanha defender a extrema-direita. Então, a minha pauta sempre nas reuniões, na tribuna, é sempre defendendo que fique no PDT quem quer ficar no PDT”, defende o pedetista em entrevista à Vertical, nesta quarta-feira,13.
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A crítica é direcionada aos quatro deputados oposicionistas estaduais pela bancada do PDT – Antônio Henrique, Cláudio Pinho, Lucinildo Frota e Queiroz Filho. Apenas Lucinildo confirma a saída próxima do PDT, enquanto outros três não afirmaram publicamente se deixarão a agremiação.
A fala ocorre um dia após reunião da bancada do partido defender a concessão de anuência imediata aos parlamentares para deixarem o partido. Além dos quatro deputados estaduais, também está nessa situação o vereador PP Cell (PDT), de "malas prontas" para migrar para o PL.
Adail ainda menciona a saída dos deputados federais, com exceção do presidente partidário André Figueiredo, hoje, alinhados ao grupo político de Cid Gomes (PDT). “Não adianta hoje você ficar no partido e tendo um líder do PSB, no caso Cid Gomes, não adianta. O que é esse jogo que eu não entendo?”, diz.
Os deputados, no entanto, só podem deixar o partido com a próxima janela ou anuência, a qual o presidente estadual diz não conceder por ordem nacional. A expectativa dos parlamentares é a concessão de carta de anuência para o grupo apesar disso.
“Ele (André Figueiredo, presidente estadual) bate na tecla hoje, mas essa tecla pode mudar, tudo na política muda e as coisas estão tendendo para isso (...) Tem conhecimento que todos só não saíram porque não chegou a janela”, afirma.
A expectativa dessa e das próximas reuniões do PDT, que podem ser mensais, segundo vereador, é o alinhamento da sigla, evitando possíveis rachas. Além disso, os encontros também devem delinear os caminhos para chapa de 2026.
Ainda nas projeções para 2026, o vereador não descarta a possibilidade de candidatura para o próximo pleito. No entanto, até o momento, o vereador diz não ter pretensão em participar diretamente como candidato.
“Eu estou com 10 anos tentando, já tentei ser estadual, o povo não deixou. Já me deram muito voto, tirei mais de 36.000 votos (...) não é que eu não queira, eu quero ser federal, quero, eu quero ser estadual. Talvez, eu não esteja querendo muito participar do momento eleitoral diretamente como candidato. Isso passa pela minha cabeça, mas a política é dinâmica”, diz o parlamentar
por Camila Maia - Especial para O POVO
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