
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Ainda sem oficializar a saída do PDT, Ciro Gomes (PDT) esteve na cerimônia de formação da Federação União Progressista, em Brasília, na última terça-feira, 19, com reforço de convite para filiação. Além disso, retorno do pedetista ao PSDB tem sido dado como certo pelo presidente estadual da sigla tucana, Ozires Pontes.
Avaliando os próximos passos da situação, o deputado cirista Antônio Henrique (PDT) afirma que o ex-ministro ainda não comunicou a vontade de deixar o PDT, mas desfiliação poderá ocorrer com a aproximação do partido com os governos petistas no Ceará.
“Estamos percebendo, tanto da direção nacional quanto da direção estadual do PDT, essa aproximação com o governo aqui do Estado do Ceará. Se for realmente levada adiante, acho que o Ciro deverá repensar a sua filiação partidária”, afirma deputado. “Mas em nenhum momento eu escutei do Ciro desejo de deixar o PDT”, complementa parlamentar.
A participação de Ciro em evento partidário é entendida pelo deputado como boa relação com as demais lideranças. Além do ex-ministro, o futuro filiado e ex-prefeito Roberto Cláudio (sem partido) e o deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) estiveram presentes nos encontros de Brasília com dirigentes do União Brasil.
“A presença dele (Ciro Gomes) lá nessa oficialização da federação mostra o desprendimento dele e o querer de estar ouvindo, participando, dialogando com lideranças políticas que nós temos no Brasil”, diz Antônio Henrique.
As quatro vagas do PDT na Assembleia Legislativa do Ceará são ocupadas hoje por parlamentares oposicionistas ao governo Elmano de Freitas (PT), os deputados Antônio Henrique, Cláudio Pinho, Lucinildo Frota e Queiroz Filho. Atualmente, o partido caminha para uma aproximação com as gestões petistas no Estado.
Na Câmara Municipal, vereadores pedetistas, por sua vez, se articulam para acelerar a saída dos oposicionistas estaduais, abrindo caminho para chapa das eleições de 2026. Paulo Martins (PDT), Kátia Rodrigues (PDT) e Gardel Rolim (PDT) são alguns dos nomes que desejam postular pelas vagas da Alece no próximo ano.
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Antônio Henrique, no entanto, afirma que a sua saída ocorrerá somente com o seguimento do PDT na aliança governista e na próxima janela partidária, a qual começará em março.
“Nós vamos aguardar até esse período da janela e depois decidiremos o caminho que iremos seguir. Mas deixando claro meu entendimento, e eu creio que isso não vai mudar, é de seguir as orientações e esse projeto político de oposição, que hoje são liderados por vários líderes. Ciro é um líder, Roberto Cláudio é outro, Capitão Wagner, André Fernandes, são todos líderes de oposição”, ressalta deputado.
Apesar de seguir Ciro e RC, Antônio Henrique fala na possibilidade de migrar para outra sigla. “Minha orientação é seguir a deles, não necessariamente com relação ao partido político, porque nós temos vários que hoje fazem oposição ao Governo do Estado”. Oposicionistas da Alece devem seguir no União Brasil ou no Partido Liberal, conforme bastidores.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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