
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Deputado estadual e ex-prefeito de Iguatu, Agenor Neto (MDB) utilizou as redes sociais nesta segunda-feira, 22, para denunciar crise hídrica no município sob gestão do prefeito Roberto Costa Filho (PSDB). Em vídeo, o parlamentar destaca falta de água mesmo em meio aos bons resultados do reservatório cearense de Óros, na microregião de Iguatu.
“Os iguatuenses vivem a pior crise de falta d'água da sua história. O SAAE de Iguatu, que na época dirigida por mim tinha como gestor funcionários concursados, hoje sobre a gestão do primo do prefeito”, afirma Agenor, “Nada, simplesmente, nada justifica o que nós iguatuenses estamos passando, a não ser a incompetência, o desleixo, a falta de compromisso de um prefeito”, critica.
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Atualmente, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto tem como superintendente o vereador e primo de Roberto Filho, Breno Teixeira. “Todos os dias o povo de Iguatu sofre com a falta d’água e, em troca, recebe apenas desculpas do SAAE. O que não dá pra entender é como a autarquia arrecadou quase 20 milhões de reais só neste ano e mais de 170 milhões nos últimos anos, sem resolver o problema do abastecimento”, continua denúncia de deputado.
Vídeo inclui também registros de águas barrentas saindo diretamente de torneiras de residências locais. “Agora, o que compete a mim é pressionar, é fazer com que o prefeito cumpra sua obrigação e o povo de Iguatu pare de sofrer com essa situação de falta de água”, finaliza parlamentar.
Procurado pela coluna, o prefeito Roberto Filho não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue em aberto em caso de posicionamento do gestor.
Em nota, a Prefeitura de Iguatu confirmou problemas de abastecimento de água em “alguns pontos” do município nos últimos dias, mas destaca que eles teriam sido provocados pelo rompimento de uma adutora local no último dia 14 de setembro. “Desde então o sistema passa por dificuldades para ser regularizado”, diz a nota, que rechaça “qualquer fala política e irresponsável” sobre o tema.
“A questão crucial, já sabida por todos, é a má condição da adutora que abastece a cidade. Desde sua instalação, em 2002, a população da cidade aumentou cerca de 20 mil pessoas, representando um crescimento expressivo da demanda. Mesmo assim, nesse longo período, não houve qualquer investimento da administração pública, seja na adutora, seja na estação de tratamento do Cocobó, ou até mesmo na rede de distribuição do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Infelizmente os rompimentos na adutora não iniciaram agora, como já registrado inúmeras vezes pela imprensa local e estadual”, diz a gestão.
A Prefeitura também destaca que o prefeito Roberto Filho “acompanha de perto a situação, inclusive buscando parcerias visando a busca por recursos para garantir uma solução definitiva para esse problema histórico”. “O Prefeito esclarece que todas as medidas possíveis estão sendo executadas para reduzir os impactos à população. As equipes estão trabalhando dia e noite”, conclui a gestão, destacando prazo para normalização do sistema até o próximo sábado, 27;
por Camila Maia – Especial para O POVO
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