
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) criticou as investidas da gestão petista do Ceará em busca de atrair a federação União Progressista para base, com alinhamento com ex-adversários políticos. Em entrevista à Vertical, nesta quinta-feira, 9, parlamentar associou um dos pré-candidatos pelo grupo, deputado Moses Rodrigues (União), como ex-aliado do Bolsonarismo.
“O deputado Moses, por exemplo, que está sendo convidado pelo ministro Camilo Santana para ser candidato ao Senado na chapa junto com o PT. Ele votou no Bolsonaro. Se apoiar o PT fica tudo resolvido, mas se se mantiver na oposição, não passa a imagem”, ironiza o parlamentar.
O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) também questionou no último fim de semana a interferência da base do governo Camilo Santana (PT) em partidos da oposição no Ceará. Segundo Ciro, a negociação entre base e a sigla contemplaria o comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o comando nacional do grupo.
“Tiraram o meu partido, e agora estão oferecendo, o Camilo Santana está oferecendo, o cofre da Educação, o FNDE, para o União Brasil para tirar o partido do Roberto Claudio, que era do PDT e teve que sair porque o PDT foi tirado e vendido ao PT. Então é uma coisa grave que está acontecendo”, afirma ex-ministro durante coletiva.
Aliado político de Ciro, Pinho argumenta que o mesmo movimento que tenta “puxar” a federação para base também impede candidatura do ex-ministro ao Governo do Ceará em 2026 pelo PDT.
“O Ciro ainda tentava essa, está tentando essa condução, aí ele disse: ‘Tiraram o partido de mim, então se eu for candidato a governador, não terei partido. O partido não poderá me dar agenda’. Tudo o Ciro tem avaliado e expressou nessa semana passada uma insatisfação real com o que está acontecendo com o PDT”, sustenta deputado.
O então pedetista, por sua vez, não tem “pressa” para deixar a sigla, conforme correligionário. “O Ciro não tem pressa. A eleição é daqui a um ano, as filiações para definições serão em março e abril. Ele tem que analisar que passo vai dar (...) Ele vai conversar com todos os partidos, analisar os convites, inclusive da questão do próprio PDT para tomar a decisão no momento certo”, finaliza Pinho.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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