 
          Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
 
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            Como em quase toda Casa Legislativa do País, sessão desta quinta-feira, 30, da Assembleia Legislativa do Ceará acabou sendo dominada por debates em torno da megaoperação realizada pela polícia do Rio de Janeiro que terminou com a morte de 121 pessoas, boa parte ainda em processo de identificação.
Entre um dos assuntos dos debatidos, esteve o discurso do deputado André Fernandes (PL) que pediu, no plenário da Câmara dos Deputados, um “minutos de aplausos” em homenagem às mortes ocorridas durante o conflito. O curioso, no entanto, foi a origem dos comentários: o deputado Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos).
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Evangélico e defensor de pautas de direita, o parlamentar fez longo e duro discurso contra a fala, que classificou como “diabólica”. "Quem aplaude morte é o inferno, e quem aplaude vida é o evangelho", disse o deputado que, como fez Otoni De Paula (MDB-RJ) na Câmara, citou casos de moradores das comunidades entre as vítimas.
"Uma mulher foi baleada no banho, outra na academia. Eram bandidas, essas senhoras?", questionou, destacando a existência de projetos sociais de sua igreja que buscam “resgatar” criminosos e ex-detentos. “E ele diz ‘e que morram mais’. Mais seres humanos? Mais homens, que infelizmente podem estar dominados pelo pecado, mas nós cristãos sabemos que há poder no sangue de Jesus. Porque, se não, o sangue foi derramado em vão. O sangue que foi para resgatar o bandido da cruz, que se arrependeu no último momento da vida”, afirma.
Discurso de Luiz Henrique foi acompanhado atentamente por parlamentares da Casa, que chegaram a elogiar publicamente a fala. “Queria parabenizar essa fala, porque mostra bem de uma perspectiva cristã porque não celebramos a morte”, disse Acrísio Sena (PT). “Todo cristão é chamado a ser um pacificador, e não um influenciador de ódio. Que possamos nos respeitar e debater no campo das ideias”, acrescenta.
Outros parlamentares destacaram que a fala ganha peso maior justamente por partir de um parlamentar de direita, que frequentemente aborda temas conservadores na Casa. “Mostra que não é uma questão ideológica, de esquerda ou de direita”, diz um parlamentar. 
 
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